# Cafeteria Gourmet
Na parte de cima do mercado municipal de Poços de Caldas imita a tendência atual de ter vários métodos de extração, como Hario V60 (coado) e Aeropress (coado com brutalidade) e até a brasileira Pressca! Provei dois espresso deles: Bourbon Amarelo e Caujaí Vermelho. O Bourbon possui um pouco de acidez e final semi-amargo em corpo suave, enquanto o Caujaí é menos ácido, mais doce e com um corpo mais equilibrado. Trouxe 250g do Bourbon para dar uma olhada mais de perto.
O DVD da quinta é um trabalho intimista, que usa a linguagem cinematográfica para nos absorver através de seu tom em um álbum de músicas dessa família "perfeita". Mas desde o começo é um filme niilista, ou sobre o paraíso perdido da vida em família. Estamos no paraíso, mas ele é vazio de alma. Suas cores estão drenadas, e por mais que esta seja uma das trilhas sonoras neo-zeolandesas mais belas e escolhidas e dedo para cada cena, quanto mais belo mais acusa uma nostalgia sobre uma vida que não existe. Está nas coisas que vemos, mas não nas pessoas, que não vivem. Flutuam sobre o nada.
Os pais estão se separando. A mãe está saindo com o vizinho. O pai não liga. A filha pré adolescente não se encaixa em sua idade, amadurece muito cedo, e será testemunha da impossibilidade de seu irmãozinho mais novo alcançar o ideal da felicidade.
Este é, portanto, um filme sobre a incapacidade de sentirmos algo enquanto estamos caindo. Pode ser encarado como depressivo, catártico, niilista e vários outros adjetivos que descrevem um sentimento sem realmente senti-lo, pois ele é inalcançável.
Para conseguir esse efeito o filme nos carrega por momentos que são belíssimos em imagem e som, sem nunca nos conseguir conectar com a felicidade de seus personagens. A menina beija um garoto para mostrar o seu lugar da mesma forma que a mãe trai seu inocente ou condescendente pai. O beijo é um símbolo e dele extraímos a morte.
Há um momento extremamente catártico no final que pode fazer alguns espectadores desatentos passarem realmente mal com a situação. É algo chocante, mas não inesperado. É natural. Tráfico e natural. A vida adulta chega como um soco no estômago dessa jovem.
Estamos hipnotizados assistindo este filme. Ele vai muito fundo sobre o quão rasa é a vida. Bate forte para os mais desavisados. E como Kirsten Dunst em Melancolia, é justamente o que desejamos.
# Dama Bier IPA
Que é aquele amargor simples que sempre é sucesso quando não se quer prestar muita atenção à cerveja e mais à pizza do 430o em Jundiaí, massa feita com fermentação de 24 horas e estilo napolitana, com pizzas individuais pra comer com a mão.
Inocência Roubada conta um trauma de uma moça que começa na infância. Ela é abusada pelo melhor amigo de seus pais, e só consegue se expressar a respeito em sua dança. Essa dança é o que nos leva para o consultório de sua psicóloga. Tudo está mesclado na história porque a vida de uma pessoa não é apenas um evento: é ela completa. É um filme sobre a importância de nos expressarmos, no melhor e pior, para o bem e para o mal, pois é o conjunto o que nos define.
Mas apesar de ser sobre abuso sexual esse não é um daqueles trabalhos vitimistas que chora pelo potencial arrancado de quem teve sua vida e sua psique sabotada. Ele é o pacote completo, que se desenvolve como sessões de terapia que revisitam o passado cruel e lamentável, mas que ao mesmo tempo constroem uma história, a história de vida de uma pessoa, que merece ser celebrada dançando. Apesar de tudo.
Este é também um trabalho que universaliza a dor de todas as "uma em seis crianças francesas que são abusadas" (de acordo com o longa). Todos os atores desse drama sobre a vida real estão representados como símbolos marcantes: o pedófilo nojento que se sente poderoso por ter dinheiro, o melhor amigo da vítima que tem problemas de adequação na sociedade, o professor que enxerga algo de errado em sua aluna sem intervir na vida de uma adulta, o pai carinhoso que não imagina a maldade convivendo em sua própria casa, a mãe que em sua dor e vergonha internas usa o cômodo e maléfico caminho da negação que ataca justo a única pessoa que deveria ser protegida.
Os diretores Andréa Bescond e Eric Métayer usam o caminho universal para nos entreter com sua arte narrativa, que pula de cena em cena de maneira criativa, jogando os personagens do passado e do presente no mesmo cenário e fazendo a protagonista viajar com seus medos e para quem os confessa através do tempo e espaço. Iniciando com uma porta, uma inocente, lúdica e comum porta, somos carregados como que por uma enxurrada através das lembranças de Odette.
A informação fora do filme que você mais precisa saber é que quem interpreta Odette é a própria diretora, Andréa Bescond, relatando de maneira biográfica o próprio abuso que sofreu em sua infância por tantos anos. Bescond já havia feito uma peça premiada em 2015, "Cócegas ou a dança da raiva", da qual adaptou este evento trágico para as telonas neste paradoxalmente belíssimo trabalho de direção e roteiro.
Mas para quem acredita que irá ver um filme pesado se engana. Bescond transforma o terror de sua vida em um panorama mais palatável usando como filtro sua paixão pela dança, e embora este não seja um musical o movimento deste corpo tentando se libertar de seus fantasmas do passado é a virtude mais tocante do longa. Suas passagens na vida transformadas em dança são igualmente impactantes e significativas, como Odette se entregando ao sexo niilista ou ao hino silencioso do seu sofrimento enquanto apenas dança
Por outro lado, ao encontrar um refúgio sincero em seu companheiro, o filme nos desperta para a possibilidade de esperança em uma vida violada em sua formação, não sem deixar claro que este é um momento íntimo e inalienável da vida de Odette. Quem dera todas as pessoas traumatizadas desde a infância tivessem pelo menos a sorte de já na vida adulta encontrar um porto seguro para se estabilizar. Odette teve essa sorte e manteve uma tocante, embora não determinante, homenagem.
Apesar de não ser pesado este não é um filme fácil para os que preferem não tocar em alguns assuntos da vida adulta, e justamente por isso esse se torna um trabalho merecedor de nossas atenções, no melhor sentido de "precisamos falar sobre isso". Mas nem sempre apenas falar ajuda. É necessário encontrar o tom. E Inocência Roubada consegue essa proeza de todas as maneiras possíveis, doa a quem doer. Um trabalho sincero, tocante, digno de admiração e de aplausos no final.
# IPA Gorillaz
Da cervejaria homônima de Poços de Caldas, tem corpo parrudo, amargor amigo com os snacks de mandioca e batata fritas cortadas fininhas e sequinhas do Justo no Terraço, um lugar bom para música ao vivo mais tranquila e papear sem pressa de ir embora.
# Valpolicella
É um vinho italiano leve, quase aguado, mas bom de beber sem pressa apreciando a imbatível combinação de amargo e doce (do molho) da pizza de escarola da Cantina do Araújo em Poços de Caldas.
Omar Sy já é considerado um deus na França e um ator de sucesso no mundo todo. Em Jornada da Vida ele interpreta ele mesmo em uma versão chapada, contemplativa, que quer ser aquele protagonista em busca de suas origens, mas sem o peso das decisões dos seus antepassados.
Já o garoto Yao, interpretado com energia por Lionel Louis Basse e que leva o título original do filme, é sua versão da nova geração. Um leitor voraz de Júlio Verne e que sonha com os desafios do seu tempo, como colonizar Marte. Ele é o verdadeiro dono da jornada do filme e que apresenta ao personagem de Omar Sy, um escritor de sucesso que vive na França, o que significa a África longe dos livros e dos olhos do europeu.
Juntos eles criam uma química básica de amizade, companheirismo e de certa forma cumplicidade. Chega um momento em que uma bela mulher os abandona no meio da aventura e eles não precisam trocar uma palavra para entender que este é apenas o final de mais um capítulo.
Jornada da Vida tenta valorizar de todas as formas o caminho, exaltando cenários com árvores milenares enquadrando nossos heróis e pores do sol estonteantes, mas se esquece de introduzir um desafio digno de uma aventura. É como se todo o percurso de volta à casa de Yao fosse demarcada em um mapa que prevê pequenas sensações de aventura, apenas o suficiente para que o espectador fique na sala.
Pegue, por exemplo, as infinitas menções aos antepassados, às tradições da música, da dança, das cerimônias. São homenagens fechadas, que não abrem portas para o espectador curioso, mas apenas piscam para o já iniciado, que sabe do que o filme está falando. Sem menosprezar a competente produção, lembra aqueles filmes caseiros que assistimos em família porque pessoas estranhas a essa realidade não vão entender, e mesmo que a intenção fosse manter o mistério, passa longe de ser hipnotizante.
É válida, por outro lado, a inserção do personagem de Omar Sy ao mundo africano pelo contraste. Acostumado ao comportamento do branco capitalista que enxerga tudo sob a ótica do dinheiro, ele vê o abandono do seu taxista como uma tentativa de extorsão, não conseguindo interpretar as boas vindas ao estrangeiro de sua família, que mata um animal apenas para oferecê-lo como refeição. É óbvio que a história tenta criar esse contraste para depois revertê-lo nessa busca pelas origens, mas ela ocorre de maneira tão passiva que passa despercebido ao espectador.
Muitos gostarão desse filme porque tem o lindo, simpático e convincente Omar Sy fazendo o que ele sabe fazer de melhor: ser um africano e nos mostrar por contraste o que isso significa. Mas há filmes melhores em seu currículo que já geram esse mesmo efeito. Fazer uma jornada às origens serve apenas como um serviço aos fãs e para exibir nos fins de semana para a família e amigos.
Um filme lindo de superação, baseado em história real e a porra toda. Se passa na China. Começa em um vilarejo e termina na cidade. É uma lição de vida para todos os brasileiros que reclamam da situação precária das escolas.
Não que no Brasil não existam lugares com situação precária. Uma das lições aqui é que tudo é uma questão de em que mundo se vive. No caso da China, com bilhões de pobres camponeses, ter alguém para passar lição, mesmo que seja uma garota de treze anos que fez o primário, é válido. Pelo menos a burocracia não chega a proibir o ensino como aqui, onde ou se ensina do jeito que o MEC quer ou é melhor deixar as crianças analfabetas. Aqui basta ter giz para escrever na lousa e tá tudo certo.
Essa garota do filme, Wei Minzhi, ela começa como uma camponesa simples e ignorante, e termina assim mesmo. Isso porque o filme não quer fazer milagres com seus personagens da vida real, mas fazer o espectador pensar nessa realidade. A história vem do livro do escritor chinês Xiangsheng Shi, que assina também o roteiro. Camponês em sua vida pregressa, Xiangsheng possui a experiência e o tato para nos fazer imergir nesse mundo provavelmente desconhecido da maioria dos espectadores ocidentais. Sua história se passa nos anos 90, mas poderia muito bem ter se passado semana passada.
Wei Minzhi é mandada para um vilarejo para substituir o professor local por um mês, mas acaba perdendo um dos alunos de uma família pobre que é obrigado a ir para a cidade trabalhar. Ela vai em busca dele, mas seus motivos não parecem nobres, pois ela precisa de todos seus alunos para um dinheiro extra que o professor titular dará em troca, mas ela em breve irá refletir em como ela não está sozinha nessa luta louca contra a miséria eterna.
Ela faz seus alunos irem carregar tijolos para arrumar dinheiro para pegar o ônibus para ir buscar seu aluno perdido. Tudo se conecta no roteiro de Xiangsheng Shi de uma maneira natural, o que não é novidade, pois foi baseado em fatos reais, mas ao mesmo tempo a história possui uma universalidade útil, a ponto de não sabermos direito as intenções da garota, mas entendermos que passou a se tornar importante encontrá-lo.
O filme dirigido com um neorrealismo contemporâneo muitas vezes se limita a colocar a câmera no lugar certo e deixar o espectador analisar. Uma jornalista pede para a garota olhar para a câmera como se fosse seu aluno e falasse com ela. Apenas a visão da câmera e alguns segundos são necessários para refletirmos na frieza e distanciamento da época em que vivemos.
O diretor é o competente Yimou Zhang (Herói, O Clã das Adagas Voadoras), que possui um controle absoluto de sua câmera e consegue nos fazer sentir no mesmo filme entre a China medieval e o pós-abertura de mercado. Apenas alguns traços o tornam contemporâneo: referência a celulares e uso de máscaras para o ar poluído da cidade. O diretor chinês almeja um conto universal, e consegue em quase todos os seus momentos.
Ao mesmo tempo a professora tentando das formas mais erradas possíveis encontrar o aluno se torna uma mensagem que às vezes não adianta ser persistente se não há educação básica, apesar de contrariar essa mensagem minutos depois. É um trabalho de diversidade de reflexões sobre o mundo moderno e a condição do homem no pós-revolução, reflexão essa construída justamente com o material escolar tão cobiçado pelos pobres alunos do vilarejo. Note como o tema não muda: se expande.
A música tema dos créditos finais tem uma leveza de espírito necessária. Não sei como pode ter sido composta no nível da perfeição onde não é possível tirar nem por mais nada. É o que precisávamos para juntar todas essas cenas em um conto universal sobre muitas coisas que se tornaram maiores do que quando a jornada começou.
O terror japonês pode ter todos os defeitos do mundo menos o de ser enfadonho. Aqui vemos nos primeiros minutos cerca de cinquenta garotas colegiais se dando as mãos, contando até três e pulando no trilho do trem para serem esmagadas em uma sequência de várias tomadas capturando para onde foi todo aquele sangue. E você ainda não viu nada.
Este é um terror psicológico que lida com o medo irracional, mas compreensível, de termos nossos instintos sequestrados por alguma espécie de hipnose e nos entregarmos a qualquer impulso que termine com nossa própria vida, como pular de algum lugar alto. Ele lida com o medo de nós fazermos isso, nossos entes queridos ou a sociedade começar a fazer isso. Como você lida com uma crise como essa?
O detetive Toshiharu Kuroda (Ryo Ishibashi) pretende primeiro convencer seus colegas de que este e casos recentes são assassinatos e não casos isolados de suicídio que ocorrem em grandes cidades. Ele tem a ajuda do surgimento de uma bolsa com uma coleção de pequenos retângulos de peles cortadas costuradas uma junto da outras, mas nem isso parece convencer os obtusos policiais, que ainda que divirtam pelo jeito bonachão de andar por aí fazendo perguntas estão completamente deslocados da atmosfera do filme.
Esta é uma história completamente ficcional, mas que lembra um pouco alguns casos de seitas de suicídios coletivos já ocorridos no Japão, e ninguém desavisado como eu duvidaria que poderia de fato existir algo como um Clube de Suicídio. Dessa forma, beneficiado pela cultura... não-ortodoxa do japonês, o filme se beneficia da dúvida honesta do espectador.
Porém, há um limite para tudo, e quando o filme começa a brincar com fantasmas, reviravoltas de hacker e o uso de uma girl band que temos certeza que está espalhando mensagens satânicas através de suas músicas fofinhas, fica difícil acompanhar a história sem um sorriso no rosto, apreciando a farofa se formando ao lado das poças de sangue das próximas vítimas.
O surgimento de um bando de garotos liderados por um rapaz de salto alto e muito glitter na roupa, uma versão metrossexual japonesa de Laranja Mecânica, faz o pouco sentido que havia no mistério ir por água abaixo. Ouvimos o salto alto cantar sua icônica (e bonita) canção, e é um dos momentos mais chamativos do longa. Mas o que ele quer dizer? Não pergunte.
O Pacto tem claras tendências niilistas, mas sequer sabe disso. Ele lida com suicídio muito melhor que o Ocidente. Devem ser os recordes da prática. No entanto, fazer um bando de crianças recitar filosofia barata e sem sentido sobre ligações não nos deixa sair satisfeitos com a "resolução" da trama.
Cidadão Kane ainda é relevante esses dias? Votado por cinco décadas como filme mais influente pela associação de críticos mais respeitada do mundo, sendo desbancado finalmente por Um Corpo Que Cai, a única coisa que eu peço antes que você responda essa pergunta é: assista o filme sabendo que quase nenhuma de suas trucagens ou efeitos de montagem e mise en scene existiam antes dele, mas logo depois todos começaram a copiar.
Assista também sabendo que seu roteiro já havia sido reconhecido naquela época, mas até hoje há discussões em torno dele e sobre quem era, de fato, Charles Foster Kane, já que tudo que temos é o depoimento de pessoas relacionadas a ele de maneira negativa ou no mínimo complexa.
Assista também sabendo que este foi o trabalho inicial de Orson Welles, a quem foi dado pela RKO liberdade completa após ele chacoalhar o mundo ao narrar no rádio ao vivo parte da história de Guerra dos Mundos e as pessoas ficaram aterrorizadas com a invasão alienígena. Welles sabia exatamente o que queria e se tornou o cineasta mais interessante e mais jovem a ser seguido.
Citizen Kane, apesar de tudo isso, hoje é visto como um filme chato e até confuso, além de ser em preto e branco. Não se dá a mínima para ele, e já assisti versões lançadas em VHS e DVD onde sequer o áudio estava sincronizado corretamente.
Este é um filme ainda da época da tela quase quadrada, e Welles usa cada centímetro à sua disposição para criar os enquadramentos mais inspirados até então vistos. Kane recebe uma notícia que o diminui conforme ele se aproxima de uma janela cujo parapeito está acima de sua cabeça, tornando-o minúsculo. Mas logo em seguida ele recebe outra notícia que o coloca de volta ao seu status, e ele se aproxima da câmera e dos homens que estão com ele, tornando-o por contraste um gigante.
A mesa onde ele e sua primeira esposa comem vai aumentando no decorrer dos anos, e isso acompanha os diálogos entre os dois, cada vez menores e trocando farpas. No final do casamento ela está lendo o jornal concorrente e eles sequer trocam um olhar fulminante entre eles.
Kane é essa figura multifacetada que todos somos, e ele passando entre dois espelhos apenas evidencia isso. E como todos nós, apesar de ações grandiosas ansiamos pela felicidade simples e inalcançável de nossa infância, como o significado de Rosebud finalmente nos revela, a nós, espectadores, e não ao jornalista ou a qualquer outro personagem da história, revelando também como morremos criaturas solitárias e incompreendidas.
Um Corpo Que Cai, o próximo melhor filme do mundo, ironicamente aborda o mesmo tema da ambiguidade da existência e como somos seres solitários nesse mundo buscando sentido, nem que seja nos outros, que é o melhor que temos. O Cinema é a cópia imperfeita e dúbia da realidade. E é por isso que ambos os filmes estão na lista do expoente máximo da sétima arte.
# Como Publicar Seu Blog Em Hugo Para Ebook
2019-07-10 ^
Eu publico meu blog inteiro de tempos em tempos para um ebook que construo formatando primeiro em html através de um tema do Hugo, o parser de blog que estou usando no momento porque ele suporta 2500 posts sem reclamar. É uma receita simples de sucesso se você precisar ter todo seu conteúdo indexado para rápida referência ou leitura cronológica.
A primeira coisa a ser feita é preparar um tema para formatar seu html. Eu já tenho um linkado no meu blogue e que precisa apenas formatar o index.html, pois todo o conteúdo e índices estarão lá. Segue um exemplo atual que uso. Ele possui índice alfabético, inclusão de um arquivo-diário que mantenho, listagem das categorias (com índices para cada uma delas) e listagem cronológica (e link para pular direto para o conteúdo).
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