# Um Dia Muito Especial (Ettore Scola, 1977)
Caloni, 2025-04-02 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Usando expressões que aos poucos denunciam o pensamento da sociedade da época, como a "majestosa simplicidade" com que o Fuhrer será recebido, ou a "doçura viril" de determinada pessoa, o prólogo em preto e branco nos dá a exata sensação do que seria viver naquela época. E no meio da turbulência social os excluídos viram o foco. Um drama de um relacionamento de um dia entre uma dona-de-casa e seu vizinho homossexual que mostra de diversas formas como a Itália fascista estava se transformando. A frase do personagem de Mastroianni resume tudo: "Um bom homem deve ser pai, marido e soldado; eu não sou nem marido, nem pai, nem soldado".
# O Concerto (Radu Mihaileanu, 2009)
Caloni, 2025-04-02 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um conjunto de etnias diversas como judeus e ciganos demonstra a atmosfera política em que o filme se insere, a orquestra como uma metáfora da sociedade comunista pela qual passaram seus participantes, onde nada funciona sem a participação e o empenho de todos. A comunicação baseada na música, método universal, é a analogia perfeita. A cena-chave é a relação entre suas transições: a batuta do maestro quebrada e em seguida remendada e a transição mais profunda entre as duas personagens principais na mesma posição: passado e presente.
# De Pernas pro Ar (Roberto Santucci, 2010)
Caloni, 2025-04-02 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A escalada de Alice rumo à sua nova vida dupla de empresária e mãe de família é um apanhado de piadas eróticas e sexistas que divertem mais que seus personagens. Auxiliada pelas opiniões distorcidas de sua mãe e amiga, que dizem que a cama é o convívio central de todo casal que se preze, Alice abraça essa nova obsessão como a solução para todos os males, e tenta com ela restaurar tanto sua vida afetiva quanto profissional.
# Elsa e Fred (Marcos Carnevale, 2005)
Caloni, 2025-04-02 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A noção de felicidade na sociedade atual acaba se tornando inalcançável. Quanto mais busca-se o mundo ideal, mais perde-se a satisfação do real. Sendo assim, é difícil não se emocionar com a praticidade de Elsa, uma mulher em torno dos seus 80 anos bem vividos que só tem um desejo em mente e que o coloca em prática o mais rápido possível: viver mais, não importando os defeitos e os obstáculos que o mundo real lhe apresenta. Em contrapartida, Alfredo, um recém-viúvo gentil, correto e educado, não tem muitas aspirações na vida a não ser ficar onde está. Lembra de sua ex-esposa pela sua principal virtude: ser organizada. Não seria exagero imaginar que eles viviam cada dia juntos como se fosse o mesmo. Quando esse dois opostos se encontram, o que é mais notável é a rápida transformação de Alfredo. Sempre cauteloso e melancólico no início, a atuação de Manuel Alexandre confere autenticidade nas capacidades de Elsa de renovar o espírito de quem quer que esteja com ela.
# Incontrolável (Tony Scott, 2010)
Caloni, 2025-04-02 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Ontem fui ver o novo filme de ação de Denzel Washington. É sobre um trem desgovernado e os esforços para segurar o bicho antes que ele destrua alguma coisa. Confesso que fiquei impressionado com a atuação de Denzel no papel de Frank, um condutor de trens de carga que trabalhou a vida toda nisso. Seu sotaque e seus gestos condizem de alguma forma com esse personagem. Já o que realmente faz o filme emplacar são as cenas de ação do último ato. Vemos cortes rápidos e sincronizados o suficiente para que fiquemos tensos na cadeira a cada movimento novo dos personagens. Se você não se importar em esquecer do enredo assim que sair da cadeira do cinema, se trata de ótimo entretenimento.
# Garotas do Calendário (Nigel Cole, 2003)
Caloni, 2025-04-02 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Senhoras de meia-idade posam nus artísticos para um calendário a fim de angariar fundos de caridade. O tema mereceria um pano de fundo mais bem tratado, mas uma sucessão de pequenos conflitos que são logo resolvidos e nunca ocupam muito espaço na tela torna a experiência frustrante.
# Lixo Extraordinário (Lucy Walker, Karen Harley, João Jardim, 2010)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A história é sobre um artista plástico famoso por transformar lixo reciclável em obras de arte. Seu próximo desafio é transformar as pessoas responsáveis por catar esse lixo. Ele próprio nasceu pobre e aprendeu a manter a lição de que é possível se transformar. A mensagem que fica é imensamente maior que todo o processo: é possível reciclar pessoas, por piores as condições que elas estejam ou pareçam estar.
# Caça às Bruxas (Dominic Sena, 2011)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Com uma visão tanto realista quanto supersticiosa, o filme nos leva a uma pretensa ocorrência histórica e lendária: o momento em que a bruxa acusada de ter causado a praga deve ser levada aos monges para ser julgada por seus atos. Através de uma fotografia sinistra que apenas se ilumina nos momentos finais do filme temos a mesma impressão que as pessoas que vivem nessa época: a terra está amaldiçoada de um mal invisível.
# Deixe-me Entrar (Matt Reeves, 2010)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Apesar de ser um remake do original sueco de 2008, o filme estabelece sua própria estética e renova o defasado gênero de terror americano. Com personagens que surgem das sombras ou são vistos apenas pela silhueta, a iluminação revela seus estados de espírito e da própria cidade que vive um período turbulento de assassinatos nefastos. Este é o exemplo de terror mais sombrio do que se fosse explicado verbalmente. Surge como uma prova de que não devemos ter preconceitos quanto aos remakes americanos, ainda que de vez em quando assistimos a pavorosas produções.
# O Turista (Florian Henckel von Donnersmarck, 2010)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Há filmes que enriquecem ainda mais em uma visita (O Sexto Sentido, Donnie Darko, Cidade dos Sonhos) quando o final muda tudo o que vínhamos assistindo. Porém, nem sempre se revela uma boa ideia (Os Esquecidos, A Caixa, A Passagem). Infelizmente, O Turista se encaixa nessa segunda situação. Johnny Depp percebe que seu personagem não é mais do que uma pista-recompensa e apresenta Frank como um ser inexpressivo que vive um relacionamento improvável com ninguém menos que Angelina Jolie, o único ponto forte do longa.
# Simplesmente Feliz (Mike Leigh, 2008)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Ela renega os padrões convencionais que determinam o que seria uma vida feliz: a carismática Sally Hawkins constroi uma personagem simpática no sentido mais literal do termo. Mas nem só de boas intenções vive um filme, e a narrativa se esvai por falta de alguma motivação mais palpável. Sem conflitos a vida pode ser de fato mais feliz, mas igualmente sem graça.
# 127 Horas (Danny Boyle, 2010)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma tela cortada em três partes mostra a correria das pessoas modernas para quem o tempo é um bem cada vez mais escasso. Preso em um lugar isolado de tudo e de todos, o heroi de 127 Horas passará o tempo-título refém da situação. Ele sairá de lá de qualquer maneira, o filme é inteligente o suficiente para supor que nós, o público, não seremos facilmente enganados por falsas ameaças de morte. Ao focar nas sensações de uma pessoa e transportar para as lembranças de Aaron, devidamente imprecisas para nos dar a sensação dos pensamentos que nós mesmos experienciamos em devaneios, os reflexos mentais não passam pelos filtros mais rígidos do raciocínio consciente. As sequências giratórias do diretor Danny Boyle, seus ângulos inusitados com a troca constante da inclinação e o zoom com que a câmera se aproxima se adequam perfeitamente à troca constante de fotografia, que oscila entre a lente convencional e a câmera usada por ele para registrar os breves momentos em que ele resolve se filmar. O uso das habilidosas expressões de James Franco, que consegue traçar mudanças de humor em que a dor e o sofrimento de alguns momentos cruciais no filme que poderiam se tornar simplesmente escatológicos, mas que com a ajuda de Franco se tornam sinceramente dramáticos. Uma viagem introspectiva e intensa.
# Cisne Negro (Darren Aronofsky, 2010)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Nina, perfeccionista ao extremo e apoiada pela mãe controladora, está prestes a participar da escolha de quem será a nova protagonista de uma nova versão do clássico O Lago dos Cisnes. Disposta a tudo para tal, a sinergia que ocorre entre os elementos do cenário, em sua maioria objetos e roupas das cores preta, branca e cinza, fortalece ainda mais todo o trabalho do projeto em busca da dualidade de sua protagonista. O uso de espelhos, espalhados por todos os cenários, é primordial na construção da própria personagem e seu conflito interno. É o universo daquele mundo saindo de campo de visão e atingindo significados metafóricos.
# Esposa de Mentirinha (Dennis Dugan, 2011)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]O que mais impressiona neste novo filme é o número de piadas feitas sobre o físico das pessoas (nesse, Sandler é um cirurgião plástico, então adivinhe) e a similaridade na estrutura "Fim-de-semana em família em lugar paradisíaco que irá colocar os pingos nos is” usada ad nauseam por Adam Sandler em seus projetos pessoais. Com Jennifer Aniston como sua secretária, é possível comparar o abismo que existe no carisma e na interpretação desta com a empatia limitada deste. Um projeto bem improvável.
# Gnomeu e Julieta (Kelly Asbury, 2011)
Caloni, 2025-04-04 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Em "Romeu + Julieta", praticamente se muda apenas a época em que a história foi concebida, chegando a utilizar os mesmos diálogos datados do texto de Shakespeare. Como filme ele se sai incrivelmente bem. Muito melhor do que os bonecos de cerâmica engraçadinhos deste Gnomeu e Julieta, exatamente por explorar a mudança de ambiente e os desafios que isso implicou na adaptação das falas e não os dois únicos detalhes que mudam nessa recriação: a técnica (animação) e o apelo infantil (gnomos de jardim). A própria narrativa não nos apresenta nada de realmente novo, em uma história que tropeça em piadas que tentam criar um clima engraçadinho nunca eficaz e em referências totalmente desnecessárias. Mesmo que o aspecto dos bonecos criados sejam admiravelmente bem feitos, pois conseguimos notar seus detalhes de cerâmica e até mesmo o som de cerâmica raspando quando se mexem, isso não basta para contar uma mesma história se não houver nada de novo em sua forma.
# Baixando símbolos e módulos programaticamente
Caloni, 2025-04-07 self> drafts> [up] [copy]Essa semana descobri que é possível baixar não apenas os PDBs do symbol server da Microsoft, mas os binários também. Existem relatos de erros de download para alguns binários específicos, mas em geral é possível baixar qualquer arquivo indexado por eles. Para isso você precisa ter em mãos o timestamp do binário, que antes era um timestamp mesmo, mas após o Windows 10 virou um hash único que identifica o mesmo binário e passível de ser compilado de novo exatamente como era, e o tamanho da imagem. Ambas as informações ficam na header do arquivo PE, mas depois que você consegui-las não precisa mais do binário (teoricamente). O código abaixo demonstra isso:
#include <windows.h> #include <dbghelp.h> #include <algorithm> #include <cstdint> #include <filesystem> #include <iostream> #include <string> #include <vector> #pragma comment(lib, "dbghelp.lib") namespace fs = std::filesystem; int main() { const fs::path RootPath = fs::path("resources"); auto isBinary = [](const fs::path& path) { return path.extension() == ".exe" || path.extension() == ".dll" || path.extension() == ".sys"; }; ::SymInitialize(::GetCurrentProcess(), NULL, FALSE); try { for (const auto& entry : fs::directory_iterator(RootPath)) { std::cout << entry.path().string() << std::endl; try { if (entry.is_regular_file() && isBinary(entry.path())) { auto imageName = entry.path().string(); SYMSRV_INDEX_INFO imageFileInfo = { sizeof(imageFileInfo) }; ::SymSrvGetFileIndexInfo(imageName.c_str(), &imageFileInfo, 0); char downloadedImagePath[MAX_PATH + 1] = { 0 }; if (::SymFindFileInPath(GetCurrentProcess(), NULL, imageName.c_str(), &imageFileInfo.timestamp, imageFileInfo.size, 0, SSRVOPT_DWORDPTR, downloadedImagePath, nullptr, nullptr)) { std::cout << "Image file downloaded to " << downloadedImagePath << std::endl; } char downloadedPdbPath[MAX_PATH + 1] = { 0 }; if (::SymFindFileInPath(GetCurrentProcess(), NULL, imageFileInfo.pdbfile, &imageFileInfo.guid, imageFileInfo.age, 0, SSRVOPT_GUIDPTR, downloadedPdbPath, nullptr, nullptr)) { std::cout << "PDB file downloaded to " << downloadedPdbPath << std::endl; } } } catch (std::exception& e) { std::cerr << entry.path().string() << ": " << e.what() << std::endl; } } } catch (std::filesystem::filesystem_error& e) { std::cout << "No resources directory found; nothing to do here: " << e.what(); } ::SymCleanup(::GetCurrentProcess()); return 0; }
= O desafio de Ulisses
O desafio de Ulisses é sobre o que o personagem de Odisseia fez para conseguir ouvir o canto da sereia sem se render aos seus feitiços e acabar sendo devorado por estas criaturas dos mares. Ele pediu que fosse amarrado ao mastro do navio e que em hipótese alguma fosse solto enquanto passassem pelas sereias. Durante o trajeto ele tentou de todas as formas fazer a tripulação o soltar, mas eles foram fiéis ao que ele havia ordenado antes de adentrarem nas tentações do que antes nem eram mulheres com rabo (era o canto a verdadeira tentação).
Esta história é usada por alguns educadores para demonstrar um comprometimento de alguém sobre algo que este alguém não tem controle. É uma técnica de autodisciplina que não depende da disciplina da pessoa nos momentos de tentação.
Com base nisso proponho o seguinte desafio quando estiver para procrastinar ou devanear e precisar focar em algo naquele momento: se desafie a não se distrair por alguns minutos. Não precisam ser muitos, mas precisam ser precisos: "irei trabalhar unicamente nisso pelo menos até 10:15". Em meus testes eu diria que até menos de meia-hora é suficiente para que o momentum se construa e após este tempo você esteja mais tentado a continuar trabalhando do que se render a alguma distração frívola.
A nossa mente é nosso principal algoz contra tendência fisiológicas e esta estratégia inevitavelmente irá sucumbir em algum momento. Quando isso acontecer o que deve ser feito é diminuir mais ainda o número de minutos até um mínimo inegociável. Não se pode abusar dessa técnica e ficar trabalhando horas a fio apenas "aumentando as apostas". Haverá dias melhores.
A ideia do desafio é apenas dar um tempo para que a mente entre e se acostume com o flow do que deve ser feito a ponto disso ser tão ou mais interessante do que qualquer outra coisa que você quisesse fazer antes. Com isso você compromete pouco e sem precisar perder tempo argumento consigo mesmo de que isso é importante. Você está apostando contra sua própria capacidade de controle. Não é tão fácil quanto estar amarrado a um mastro do navio, impedido de se mexer. Mas é simples e tem o potencial de ser efetivo.
# O Homem que Sabia Demais (Alfred Hitchcock, 1934)
Caloni, 2025-04-11 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Neste filme, Hitchcock demonstra sua capacidade de gerar tensão, apresentando a história de um homem e sua esposa que, por acidente, recebem uma dica sobre um assassinato e têm sua filha sequestrada. A trama se desenvolve em 75 minutos, com transições inteligentes e uma montagem ritmada que aumenta a frequência dos cortes nas sequências finais. A presença de Peter Lorre como o antagonista Abbott adiciona uma camada de insegurança latente, enquanto o uso de câmeras subjetivas facilita a comunicação das ideias e emoções dos personagens.
# Bruna Surfistinha (Marcus Baldini, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Ela diz que acredita em si mesma e encoraja seus anfitriões a fazerem o mesmo. Se o fizerem, "conseguirão chegar aonde eu cheguei". O filme deixa de ser uma visita convencional ao mundo da prostituição e vira uma discussão instigante sobre a capacidade das pessoas de fazer o seu melhor. A transformação de Raquel até se tornar Bruna, aliás, merece créditos por estar sobriamente equilibrada nos ombros de Deborah Secco, que faz a menina tímida de classe média, dona de seu próprio caminho. Cássio Gabus Mendes como primeiro cliente se importa de fato com a protagonista. Sem exibicionismo gratuito, como na famigerada e vergonhosa época das pornochanchadas do cinema nacional, senti falta de uns peitinhos.
# Os Fantasmas de Scrooge (Robert Zemeckis, 2009)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Jim Carrey em Motion Capture é, em poucas palavras, inusitadamente fabuloso. O trabalho rebuscado tanto nas expressões quanto nos movimentos do boneco ainda peca no aspecto estético pela estranheza que gera ao vermos figuras humanas não exatamente reais e tão pouco virtuais. Scrooge no original é uma pessoa muito mais maldosa e mesquinha, mas aqui o teor é um foco maior no público infantil e familiar.
# Sexo Sem Compromisso (Ivan Reitman, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Seguindo a tendência moderna dos relacionamentos líquidos, o filme aborda uma relação de "amigos com benefícios". O que torna divertido e inusitado é que enquanto a mulher do casal representa o lado moderno da relação, o homem vira o sentimentalista. Há uma curva de aprendizado na personagem da ótima Natalie Portman, e nem tanto por Ashton Kutcher. Divertido por dentro e por fora, mas melhor apreciar com moderação.
# Atividade Paranormal Tóquio (Toshikazu Nagae, 2010)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Os asiáticos sabem fazer terror como ninguém. Essa versão japonesa consegue ao mesmo tempo soar mais como trash e, exatamente por isso, assusta bem mais. Coloca mais medo pelos seus aspectos técnicos, uma fotografia devidamente ajustada para soar tenebrosa e ao mesmo tempo documental, o filme aproveita até as falhas típicas de uma câmera caseira para gerar suspense pseudo-documental.
# O Senhor das Armas (Andrew Niccol, 2005)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]O filme começa como um documentário sobre guerra, mas corta para um outro sobre o vício do irmão. Isso acaba derrubando nossa visão inicial, mas é o tom documental do início que dá realismo ao filme. Há um motivo para a introdução do personagem ser tão corrida e artificial. Como veremos a partir do segundo ato, a única coisa que torna Yuri Orlov vivo são as vendas de armas que negociam de maneira tão magistral. Orlov admira sua própria importância no contexto em que se insere e Nicolas Cage, por sua presença de espírito, prova mais uma vez ser um bom ator quando nos papeis certos. Mesmo com todas essas virtudes técnicas, a filosofia (ou a mensagem) por trás da história é o ponto forte do longa, que consegue, em seus momentos finais, causar o que todos esperamos ao assistir um bom filme: reflexão. A cereja do bolo é saber que o filme foi financiado por instituições internacionais (nenhuma produtora dos Estados Unidos bancaram o filme).
# A Revolução dos Bichos (John Stephenson, 1999)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A Revolução dos Bichos é um caso em que um livro tão antigo e, muito provavelmente, lido pela maioria dos espectadores (pelo menos os cultos), irá tornar a experiência de assistir ao filme um exercício de mente seletiva, que terá que abandonar seus conceitos criados a partir da leitura e entender como é possível transformar partes tão bizarras da história em algo verossímil, ou mesmo, aceitável do ponto de vista da narrativa.
# Amor e Inocência (Julian Jarrold, 2007)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A trajetória da jovem Jane Austen é retratada com destaque para como ela desafiou os contratos sociais de sua época ao priorizar os desejos e sonhos femininos em seus romances. O filme se destaca por seu figurino e direção de arte impecáveis, além de uma fotografia que exalta o verde e o ar livre dos jardins interioranos, evocando o isolamento das famílias da época. Após acompanharmos adaptações de suas obras como "Razão e Sensibilidade", "Emma" e "Orgulho e Preconceito", é fascinante ver como a própria vida de Jane inspirou suas histórias.
# As Mães de Chico Xavier (Glauber Filho, Halder Gomes, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Três mulheres enfrentam perdas significativas em suas vidas e buscam conforto através do médium Chico Xavier. Apesar da presença marcante de Nelson Xavier no papel de Chico, o filme peca por dramatizações excessivas e falta de coerência na narrativa, como a junção forçada de personagens paralelos. A produção, que encerra as comemorações do centenário de Chico Xavier, utiliza uma abordagem que, embora bem-intencionada, acaba por explorar clichês e não alcança o efeito emocional desejado.
# Instinto Secreto (Bruce A. Evans, 2007)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um personagem dividido entre duas psiques, interpretadas por Kevin Costner e William Hurt, surpreende ao levar o espectador a se tornar quase cúmplice dos pensamentos internos de Mr. Brooks. O filme oferece uma visão irônica e arrebatadora sobre matadores em série, destacando-se como uma das maiores surpresas em Home Vídeo dos últimos tempos e explorando de forma única a dualidade da mente humana.
# Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles (Jonathan Liebesman, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A tentativa de mesclar técnicas documentais e ficcionais, lembrando experimentos como "Cloverfield" e "A Bruxa de Blair", não consegue sustentar a narrativa apenas com efeitos visuais, mesmo com a presença de aliens na costa de Los Angeles. A história interessante se perde em uma técnica que, sozinha, não é suficiente para manter o interesse do espectador.
# Jumper (Doug Liman, 2008)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma boa ideia é desperdiçada ao apresentar uma justificativa fraca para a existência dos paladinos e um par romântico que chega a ser pior que o casal de "Transformers". A futilidade e a falta de evolução dos personagens, cujos dramas são semelhantes demais, dão a impressão de que seus comportamentos são apenas reflexos de problemas com os pais.
# Polaróides Urbanas (Miguel Falabella, 2008)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]O talento incomparável de Marília Pêra, que interpreta duas personagens distintas, é mal acompanhado por uma narrativa que nos leva a refletir sobre nossas próprias neuroses e as tempestades que criamos a partir de copos de água. Como único exemplo cinematográfico de Miguel Falabella como diretor, a obra revela sua origem teatral, especialmente no final, que desmascara literalmente essa influência.
# Rio (Carlos Saldanha, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Assistido em castelhano, o filme mantém a qualidade graças à competência dos dubladores argentinos, comparáveis aos brasileiros. Apesar disso, a narrativa segue um formato pré-definido que causa desânimo na parte final, com personagens e situações engraçadinhas que não sustentam o ritmo até o fim.
# Um Conto Chinês (Sebastián Borensztein, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Assistido em Buenos Aires, o filme destaca a ironia da comunicação impossível entre os protagonistas, um argentino e um chinês. Mesmo após sete anos, a revisão do filme revela que tudo se encaixa quando as pessoas começam a se comunicar. Ricardo Darín monopoliza a defesa do espectador, enquanto Muriel Santa Ana interpreta a hipnotizada Mari, cuja motivação para se aproximar do senhor rabugento permanece questionável. O filme sugere que, como toda mudança, às vezes é necessário quebrar alguns vidros para reconhecer o drama alheio como nosso próprio.
# Bebês (Thomas Balmès, 2010)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Este documentário, sob o ponto de vista de gênero, assemelha-se a uma ficção pela empolgação que gera ao acompanhar o desenvolvimento das "histórias" de seus "personagens". As câmeras, posicionadas estrategicamente, captam momentos-chave da evolução dos bebês, tornando o filme uma experiência essencial para qualquer estudioso da sétima arte.
# Coincidências do Amor (Will Speck, Josh Gordon, 2010)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Desde a descrição inicial, o roteiro de Allan Loeb apresenta um incômodo absurdo, acreditando que a piada recorrente das semelhanças entre os personagens seja suficiente para sustentar o longa. A trama envolve uma mulher que anuncia em uma festa que será fecundada pelo esperma de um doador, mas seu amigo Wally, ao acidentalmente derrubar o recipiente, decide substituí-lo por seu próprio "material", resultando em situações constrangedoras.
# Scott Pilgrim Contra o Mundo (Edgar Wright, 2010)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]O filme abraça seu conceito até o fim de forma orgânica e intensa, apresentando um mundo onde tudo se assemelha a um jogo de videogame, embora os personagens não tenham consciência disso. As transições sonoras entre o techno e os temas dos primeiros consoles, além da origem pixelada de elementos como o martelo de Ramona, reforçam essa estética única.
# Os Agentes do Destino (George Nolfi, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Em uma época em que religião e economia precisam ser reinventadas, a visão mesclada de ambas em uma organização fria e calculista não deixa de ser no mínimo curiosa. O filme aborda discussões que avançam sobre algumas de nossas principais convicções sociais, levando-nos através de um pano de fundo realista para uma experiência intrigante sobre o funcionamento da nossa própria realidade. A caracterização meticulosa, como os sapatos desgastados do personagem de Matt Damon, um jovem político popular em ascensão, contribui para a autenticidade da narrativa. Contudo, a maior fraqueza do filme reside em não conseguir estimular os anseios dos dois personagens principais, e nos últimos quinze minutos, parece sucumbir a um plano maior, reassumindo o lado clichê das produções de Hollywood e retornando à normalidade.
# Garota Infernal (Karyn Kusama, 2009)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A escolha de Megan Fox para o papel principal parece ideal para uma personagem cuja função principal é andar seminua por aí se alimentando de homens. No entanto, o roteiro de Diablo Cody, estreante com delírios de grandeza após "Juno", não sustenta a trama. Apesar disso, surpresas como um pai que jura pendurar as bolas do assassino de seu filho e uma mãe que compara o corpo de seu filho com uma "lasanha com dentes" conseguem impressionar.
# Wall Street: Poder e Cobiça (Oliver Stone, 1987)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Charlie Sheen tem a missão ingrata de transitar por ambos os extremos da moral, disputando atenção com um antagonista tão magnético quanto Gordon Gekko, interpretado por Michael Douglas. Após descrever a selva natural em "Platoon", Stone decide filmar a selva de pedra que é Wall Street, onde os mais aptos sobrevivem e o resto definha. Gordon Gekko representa o futuro de Bud Fox, um megainvestidor assediado pelos menores. Bud Fox, o único que vemos sair daquele escritório apertado em busca de algo melhor, nos faz desejar estar onde Gekko está: no topo da cadeia alimentar.
# Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones (George Lucas, 2002)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A República começa a perder força, e o desespero pela resolução da crise no Senado faz com que forças especiais sejam entregues ao Chanceler Palpatine, encaminhando a história para o ponto de encontro com o então chamado "Guerra nas Estrelas", rebatizado como Episódio IV. O relacionamento entre o Jedi aprendiz Anakin (Hayden Christensen) e a Senadora Amidala (Natalie Portman) beira o tédio, com Lucas apostando em clichês datados, como o momento em que ambos rolam na grama. A presença de Yoda é o que realmente dá tom ao clima da história como um todo, pois Anakin apenas demarca o início de um declínio.
# X-Men: Primeira Classe (Matthew Vaughn, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A ficção científica oferece liberdade para explorar alegorias que refletem questões contemporâneas, como a intolerância que une os mutantes, seja pela violência sofrida (Magneto) ou pela tentativa de integração (Xavier). Raven/Mística representa a ponte entre esses extremos, com a química entre os protagonistas impulsionando a evolução do grupo. O diretor de "Kick-Ass" emprega ritmo adequado, utilizando composições físicas que refletem o comportamento dos personagens, transformando até uma simples moeda em elegante transição. A estética dos quadrinhos é usada de forma orgânica, com a trilha sonora tentando criar um tema para o grupo. O cenário futurista dos anos 60 é explorado sob a ótica da mudança, inserindo os X-Men de forma natural. Os uniformes tradicionais resgatam referências sem parecer cafonas, e a apresentação dos personagens sob um contexto histórico enriquece a narrativa. Discussões sobre o destino dos mutantes são aprofundadas, com o Fera exibindo feições bestiais e inteligência, e Mística assumindo suas diferenças perante a sociedade.
# Minhas Mães e Meu Pai (Lisa Cholodenko, 2010)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Annette Bening demonstra sua habilidade em interpretar personagens com descontrole emocional que influenciam negativamente os próximos. A trama gira em torno de uma família composta por duas mães, Nic (Bening) e Jules (Moore), que têm dois filhos por inseminação artificial: Joni (Wasikowska) e Laser (Hutcherson). A chegada de Paul, o pai biológico, desestabiliza emocionalmente a família, mostrando que, apesar da estrutura atípica, os dramas vividos poderiam ocorrer em qualquer núcleo familiar. No entanto, os diálogos revelam uma evolução estática das personagens, e o roteiro se apoia excessivamente em sua premissa, sem explorá-la profundamente.
# A Queda! As Últimas Horas de Hitler (Oliver Hirschbiegel, 2004)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]O filme retrata o ambiente claustrofóbico do bunker onde Hitler passou seus últimos dias com seu alto escalão, enquanto a Alemanha enfrentava o colapso moral e social. A narrativa permite entender a desilusão nos olhos das crianças e a fé inabalável da população em seu líder, mesmo diante da iminente derrota.
# Kung Fu Panda 2 (Jennifer Yuh Nelson, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Mantém os elementos que fizeram sucesso no original: piadas irreverentes centradas em Po, o panda, e sequências de luta bem coreografadas. Apesar de um enredo um pouco mais confuso, os efeitos visuais são primorosos, destacando detalhes como a água no pelo de Po. O filme aborda o impacto das armas de fogo sobre as artes marciais, embora essa temática não seja explorada de forma explícita, resultando em uma conclusão com peso reduzido. A ausência de um vilão ou herói claramente definidos contribui para essa sensação.
# O Pai dos Meus Filhos (Mia Hansen-Løve, 2009)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Retrata uma família lidando com desafios em torno de seu patriarca, interpretado por Louis-Do de Lencquesaing, cuja performance é envolta em mistério, conforme exigido pela narrativa. O personagem é um pai carinhoso, porém ausente, e a introdução de elementos inesperados contribui para uma sensação de falta de coesão, mantendo o enredo vago do início ao fim.
# Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (George Lucas, 2005)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Serve como culminação dos dois filmes anteriores, trazendo à tona toda a angústia e tristeza do universo Star Wars. Há uma coerência desde "A Ameaça Fantasma", com a trilha sonora gradualmente incorporando os acordes do Império. Anakin (Christensen, mais maduro) é movido por uma lógica deturpada pelo desespero de seus pesadelos, escolhendo um motivo humano para sua queda para o lado obscuro. O clima de urgência do Conselho Jedi e os movimentos de câmera intensos ajudam a fechar todas as pontas de maneira eficaz, com o destino dos filhos de Anakin em foco nas cenas finais, prenunciando uma nova trilogia.
# Um Gato em Paris (Jean-Loup Felicioli, Alain Gagnol, 2010)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Apresenta uma trilha sonora fantasiosa e elementos típicos de policiais infantis, criando uma atmosfera lúdica. O projeto, que levou mais de cinco anos e envolveu cerca de 60 pessoas, resultou em mais de 40.000 desenhos feitos à mão, conferindo uma estética curiosa. A narrativa gira em torno de um gato que divide sua vida entre o dia e a noite, incorporando elementos de filmes como "O Poderoso Chefão", "Os Bons Companheiros" e até "Cães de Aluguel", de forma estilizada e eficiente, retratando uma versão única da noite parisiense.
# Circo dos Horrores: O Aprendiz de Vampiro (Paul Weitz, 2009)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Após uma série de eventos, o protagonista Darren é introduzido ao mundo dos vampiros, enfrentando escolhas difíceis. A figura do vampiro é retratada como uma aberração, com efeitos visuais impressionantes, embora a criatividade na concepção das aberrações seja limitada. A narrativa foca no absurdo da situação, com Darren representando o espectador, frequentemente confrontado por comentários sarcásticos de seu mestre Larten Crepsley (John C. Reilly). A velocidade da trama impede uma apreciação mais profunda, resultando em uma sensação de auto-sabotagem e queda em clichês sem aviso prévio.
# Transformers: O Lado Oculto da Lua (Michael Bay, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Embora a maestria técnica do filme seja evidente, especialmente em 3D, com profundidade de campo nas cenas de ação, a narrativa apresenta imagens inicialmente desconexas que, mesmo após a edição, não se transformam em uma linguagem coesa. O protagonista Sam (Shia LaBeouf) continua a representar o adolescente desajeitado, enquanto o filme parece servir de representante para todos os adolescentes fascinados por loiras e carros que se transformam em robôs.
# The Housemaid (Kim Ki-young, 1960)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um thriller psicológico sul-coreano que mistura erotismo e horror doméstico. A trama acompanha uma empregada que, ao se envolver com o patrão, desencadeia uma série de eventos trágicos. O filme é conhecido por suas reviravoltas e pela crítica à moralidade da classe média.
# Operação Presente (Sarah Smith e Barry Cook, 2011)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma animação natalina que questiona os métodos modernos de entrega de presentes. Quando uma criança é esquecida na noite de Natal, Arthur, o filho desajeitado do Papai Noel, embarca em uma missão para corrigir o erro. O filme combina humor e emoção, destacando o verdadeiro espírito natalino.
# A Serbian Film - Terror sem Limites (Srdjan Spasojevic, 2010)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um filme controverso que explora os limites da moralidade e da arte. A história segue um ator pornô aposentado que é atraído para um projeto cinematográfico perturbador. O filme é uma metáfora sombria sobre a sociedade sérvia pós-guerra.
# Apenas o Fim (Matheus Souza, 2008)
Caloni, 2025-04-11 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma comédia romântica brasileira que retrata o último encontro de um casal de universitários antes da despedida definitiva. Com diálogos espontâneos e reflexões sobre a juventude, o filme captura a essência das incertezas da vida adulta.
# Meia-Noite em Paris (Woody Allen, 2011)
Caloni, 2025-04-12 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Esse encontro onírico convida o espectador a viver um universo etéreo por horas a fio. A cada visita anual, Woody Allen revitaliza sua ironia sutil e celebra a vida através de uma Paris onde o passado literário e artístico se entrelaça com o anseio humano por magia cotidiana :contentReferenceoaicite:0{index=0}.
# Melancolia (Lars von Trier, 2011)
Caloni, 2025-04-12 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Com a frieza calculada de quem explora o âmago da depressão, divide-se em dois atos complementares: o implode interno da festa perfeita e, depois, o colapso literal da Terra diante de um planeta cinzento. Em câmera ultralenta, evoca o horror e a beleza de nossa própria finitude, contrapondo o desânimo humano à grandiosidade cósmica :contentReferenceoaicite:1{index=1}.
# Capitão América: O Primeiro Vingador (Joe Johnston, 2011)
Caloni, 2025-04-12 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Num esforço claro de servir como trampolim para Os Vingadores, sacrifica certa profundidade dramática em prol de apresentar heróis secundários carismáticos. Chris Evans equilibra o patriota de forma natural, e Tommy Lee Jones sustenta com firmeza seu coronel, enquanto Hugo Weaving peca por um vilão excessivamente afetado. O terceiro ato deixa evidente sua missão de catapultar o Universo MCU :contentReferenceoaicite:2{index=2}.
# G.I. Joe: A Origem de Cobra (Stephen Sommers, 2009)
Caloni, 2025-04-12 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Desenvolvendo personagens através de flashbacks burocráticos e relações ilógicas, aposta numa superfície frágil e infantil, quase sempre prejudicada por falas forçadas. Apenas no ataque a Paris, com corte paralelo em perseguições, o ritmo empolga — uma promessa que o desfecho, muito mais problemático, não cumpre :contentReferenceoaicite:3{index=3}.
# Super 8 (J.J. Abrams, 2011)
Caloni, 2025-04-12 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Apesar das inevitáveis homenagens spielbergianas, Abrams opta por uma experiência mais cerebral, repleta de descobertas. A espontaneidade infantil surge em raros lampejos, mas cenas pontuais de ação — como o ataque ao ônibus — mantêm o suspense vivo. A empolgação culmina nos créditos, quando o ousado filme de zumbis da garotada toma forma :contentReferenceoaicite:4{index=4}.
# A Árvore da Vida (Terrence Malick, 2011)
Caloni, 2025-04-12 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Alternando entre o trivial e o solene, Malick inicia com uma morte e, em seguida, viaja a uma era pré‑vida para refletir sobre nossa existência. O drama familiar — especialmente a busca do filho mais velho por lembranças perdidas — dá o tom humano ao cosmo lírico. A evolução moral, emoldurada por flashbacks, revela o que de fato nos conecta ao mistério da vida :contentReferenceoaicite:5{index=5}.
# Quero Matar Meu Chefe (Seth Gordon, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Com piadas ácidas sobre trabalho, sexo e racismo, reúne um elenco cômico promissor demais para sua própria direção. À medida que a narrativa avança, a única forma de manter o tom é amplificar absurdos, resultando num humor crescente, porém sempre à beira do caos .
# Como Enlouquecer seu Chefe (Mike Judge, 1999)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Satírico ao extremo, caricaturiza o ambiente de escritório com personagens arquetípicos e situações leoninas. O herói liberta‑se pelo desdém, culminando num humor impiedoso à custa da rotina corporativa — desde a sessão de hipnose até a revolta silenciosa, entrega o que todo trabalhador já sonhou fazer :contentReferenceoaicite:6{index=6}.
# Mulher Nota Mil (John Hughes, 1985)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Por vezes datado, explora o pudor e a objetificação através de um computador erótico que, no clímax trash, dá vida a uma mulher de carne e osso. Entre sutiãs na cabeça e mutantes de moto, Hughes brinca com a puerilidade humana, estabelecendo um Frankenstein digital que anuncia seu brilhantismo criativo futuro :contentReferenceoaicite:7{index=7}.
# O Solista (Joe Wright, 2009)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Focado no drama interno de Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), um músico esquizofrênico preso ao passado, encontra equilíbrio ao mostrar a empatia de Steve Lopez (Robert Downey Jr.), cujos olhos perspicazes conduzem Ayers de volta à sociedade. A solidez das interpretações e a beleza das composições musicais sustentam essa jornada de redenção :contentReferenceoaicite:8{index=8}.
# Um Parto de Viagem (Todd Phillips, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Nesta road movie, Peter Highman e Ethan Tremblay encaram reviravoltas que testam seus limites sociais e pessoais. A convivência forçada, repleta de choques de temperamento, confere peso a momentos cômicos e dramáticos, fazendo com que o tumulto da jornada reverbere no crescimento interior de ambos :contentReferenceoaicite:9{index=9}.
# Assalto ao Banco Central (Marcos Paulo, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Misturando tensão policial e heist movie, esvai‑se ao alternar entre o plano dos criminosos e as investigações de maneira paralela, dissipando qualquer suspense. Gags mal encaixadas e química equivocada entre agentes públicos acentuam o constrangimento, em vez de oferecer o thriller esperado .
# Diário de Uma Busca (Flávia Castro, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Num estilo road movie investigativo, Castro percorre memórias e recortes de jornais para reconstruir a história de seu pai reacionário durante as ditaduras sul‑americanas. A diretora utiliza técnicas criativas — de colagens visuais a fotografias íntimas — mantendo o foco no aspecto humano, sem se perder em debates macro‑políticos .
# Lanterna Verde (Martin Campbell, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Entre uma fábula cósmica e discussões sobre vontade, imagina um universo onde anéis interligam civilizações inteiras. Hal Jordan torna‑se meramente um instrumento de poder, enquanto diálogos solenes enfraquecem a trama, expondo a dificuldade de traduzir um conceito abstrato em narrativa envolvente .
# Planeta dos Macacos: A Origem (Rupert Wyatt, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Ao resgatar a gênese da hegemonia símia, revela a evolução cognitiva de César através da captura de movimentos de Andy Serkis. Honrando o clássico de 1968, equilibra homenagens visuais com um enredo que justifica, de forma plausível, o triunfo dos macacos sobre a humanidade :contentReferenceoaicite:10{index=10}.
# Viagem à Lua (Georges Méliès, 1902)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Pioneiro do cinema como arte, Méliès conjura um mundo fantástico em apenas 17 minutos. Suas cenas elaboradas e a suspensão da realidade convidam o espectador a embarcar num foguete imaginário, onde Verne e seus Selenitas se tornam parte de uma experiência sensorial atemporal .
# Watchmen: O Filme (Zack Snyder, 2009)
Caloni, 2025-04-17 v2 cinema> movies> miniviews> [up] [copy]Debruçado sobre anti-heróis inseridos num mundo realista, sustenta seu tom sombrio numa estética meticulosa. Investiga o cerne do vigilantismo — “quem vigia os vigilantes?” — e constrói uma atmosfera de orgulho, nostalgia e ressentimento, questionando o próprio conceito de heroísmo contemporâneo .
# Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual (Gustavo Taretto, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Em dualidade de vozes em off, mostra duas narrativas que se aproximam à medida que a cidade isola seus protagonistas. Clutter e penumbra simbolizam a confusão mental contemporânea, enquanto transmite empatia e melancolia, desenhando um retrato sutil do amor virtual na metrópole .
# Cowboys e Aliens (Jon Favreau, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Esta fusão de fronteira e ficção científica aposta em inúmeras homenagens ao western clássico, mas acaba diluindo seu espírito original. Enquanto invasores do espaço esboçam reflexos de uma humanidade futura e a nave-mãe remete a foguetes de séculos adiante, o equilíbrio burocrático entre cowboys e alienígenas sufoca o humor e a energia necessários para que a narrativa realmente decole.
# Pronta Para Amar (Nicole Kassell, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma jovem confronta sua própria mortalidade ao receber um diagnóstico terminal e, em vez de encarar o medo, decide viver cada instante com leveza e ousadia. Em busca de afeto, até aproxima-se de seu médico, abraçando dores e prazeres sem reservas, enquanto uma trilha sonora sulista pontua a ideia de que amar é, acima de tudo, celebrar a vida.
# Confiar (David Schwimmer, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]O relato de uma adolescente imersa no universo virtual e vitimada por um abusador revela um abismo entre a investigação criminal e o colapso familiar. Um pai antes protetor torna-se obsessivo e dilacerado, e a paleta de luz reduzida sublinha a atmosfera opressiva, deixando o espectador inquieto quanto à difícil arte de aprender, ainda tão jovem, em quem confiar.
# Incêndios (Denis Villeneuve, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma busca pelas raízes familiares se transforma em um poderoso retrato da memória coletiva. Entre a determinação silenciosa de uma filha e os momentos de reflexão que a acompanham, o roteiro desdobra um jogo de relações complexas, culminando em um olhar imóvel à beira de uma piscina que, em sua quietude, ecoa empatia e impacto intelectual arrebatador.
# O Filme dos Espíritos (Joel Pizzini, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma apresentação doutrinária sobre a vida após a morte adota tom propagandista que ofusca qualquer nuance narrativa. Técnicas visuais inconsistentes — da superexposição em exteriores ao enquadramento genérico em interiores — e uma trilha sonora invasiva reforçam a impressão de vídeos caseiros, comprometendo a solenidade pretendida.
# Cartas Para Julieta (Gary Winick, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Em meio a encontros e desencontros, a performance de uma jovem protagonista revela-se demasiadamente contida, enquanto seu interesse amoroso oscila entre o exagero emotivo e o “overacting”. É uma atriz veterana em papel coadjuvante quem consegue infundir calor humano, tornando-se o verdadeiro fio condutor para o envolvimento emocional.
# Copacabana (Marc Fitoussi, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A geografia emocional de uma mulher se reflete na paisagem urbana que ela habita, mostrando como a mudança genuína depende do trabalho interior. Um desempenho contido e autêntico por parte da atriz principal faz transparecer um espírito de rebeldia prazeroso, e o desfecho inesperado reforça que, mesmo diante do desconhecido, a fé em si mesmo permanece o maior investimento.
# Os Goonies (Richard Donner, 1985)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um desfile de momentos divertidos, previsíveis e nostálgicos compõe este filme que, embora ainda contagie pela energia juvenil, não transcendeu seus clichês para se tornar um clássico atemporal. A música-tema permanece cativante, mas a soma de episódios avulsos mantém a obra ancorada em seus picos de ação, sem evoluir além deles.
# Qual Seu Número? (Mark Mylod, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Nesta comédia que brinca com estatísticas de vida amorosa, a protagonista decide revisitar antigos relacionamentos para fugir de um suposto destino de solteirice eterna. Enquanto um interesse carismático se destaca, o contraste entre sua simpatia e o humor mais ríspido da heroína, reforçado por uma trilha sonora que explode no momento do casamento, escancara a angústia sob as risadas.
# Trabalhar Cansa (Juliana Rojas, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Sob a superfície de um cotidiano familiar, pequenos indícios — pegadas isoladas, o latido de um cachorro — sugerem uma presença oculta que impede o êxito de uma mulher determinada. O roteiro evita soluções óbvias, permitindo que o medo se instale na imaginação do espectador até que o incerto se torne verdadeiramente nefasto.
# Despedida em Las Vegas (Mike Figgis, 1995)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Dois personagens consumidos por vícios estabelecem um laço brutalmente honesto em meio ao brilho ilusório da cidade. Performances tão intensas que ofuscam qualquer noção de ator por trás dos papéis, aliadas a ângulos de câmera distorcidos, transmitem a vertigem do álcool e a crueza de um universo feito de sonhos e dejetos humanos.
# O Manuscrito Perdido (José Barahona, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma expedição solitária investiga comunidades forjadas por séculos de herança colonial, revelando disputas de terra entre descendentes de quilombolas, indígenas e sem-terra. Apesar de falhas técnicas iniciais — foco impreciso, enquadramento estático —, o retrato dos microcosmos locais expõe a repetição histórica de conflitos enraizados no solo herdado.
# Roubando Vidas (D. J. Caruso, 2004)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A perseguição de uma agente federal a um serial killer que assume identidades alheias se desenrola em cenários escuros, valorizados por uma fotografia tensa que supera a trilha sonora errática. Em meio ao ritmo irregular, permanece o magnetismo da protagonista, cuja presença é o principal atrativo quando a narrativa vacila.
# A Morte de Pinochet (Bettina Perut, Iván Osnovikoff, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Close-ups impiedosos nas linhas do rosto e nos lábios de apoiadores de um regime cruel revelam um orgulho inquietante. Ao equilibrar depoimentos de reverência com indignação moral, o filme expõe o paradoxo de que pessoas honestas podem sustentar convicções atrozes, explicando em parte a longevidade de um governo impune.
# Aleksander Sokurov: Uma Questão de Cinema (Aleksandr Sokurov, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um monólogo denso mistura reflexões teóricas e cenas exemplificativas, mas a abstração excessiva e o ritmo arrastado transformam a discursividade em desafio de resistência. A fusão entre digressões conceituais e fragmentos visuais reflete o próprio argumento, mas testa os limites da paciência do público.
# O Desaparecimento do Gato (Carlos Sorín, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A suspeita se instala a partir de um simples desaparecimento e de objetos corriqueiros que ganham contornos de ameaça. A narrativa explora o limiar entre a sanidade e o delírio, convidando o espectador a duvidar de todas as aparências, sem jamais revelar completamente o que está por trás das pequenas loucuras.
# O Palhaço (Selton Mello, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma trupe itinerante contrasta sua natureza festiva com o colapso interno de seu principal ator, cujo riso se torna cada vez mais forçado. Fotografia pálida e silêncio quase total amplificam a melancolia, enquanto a performance contida — em voz quase sussurrada e movimentos mínimos — transforma cada compasso sem graça em um retrato de depressão artística.
# Alice no País das Maravilhas (Clyde Geronimi, 1951)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma explosão de criatividade anima elementos familiares com riqueza de movimento e invenção visual que resiste ao desgaste do tempo. A trama circular constrói expectativas de desfecho, mas o encerramento chega de forma abrupta, oferecendo um contraponto sombrio à leveza lúdica que a precede.
# O Preço do Amanhã (Andrew Niccol, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Num mundo onde o tempo de vida é moeda corrente, as perseguições frenéticas ocupam o espaço das reflexões propostas pela premissa. Esgotadas as sequências de ação, a trama patina em sua própria premissa, deixando de lado a potencial ironia em torno de trocadilhos entre tempo e valores.
# Se Não Nós, Quem? (Andreas Veiel, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Filho de ideólogo nazista, um jovem editor luta para erguer sua própria visão literária enquanto herda memórias controversas. À medida que se aproxima de movimentos radicais, o filme investiga o peso da culpa ancestral e o poder transformador (e às vezes ilusório) das ideologias em tempos de crise.
# A Pele que Habito (Pedro Almodóvar, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um cirurgião plástico conduz um experimento de manipulação corporal que se desdobra como um comentário sobre violência e memória. A precisão cirúrgica das escolhas narrativas reflete tanto a obsessão do protagonista quanto a do cineasta, elevando o thriller a um hino contra a injustiça e a objetificação.
# Hackers (Iain Softley, 1995)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Com estética vibrante e trilha pulsante, o filme mergulha na sensação de ameaça invisível que cercava os primórdios da era digital. Uma invasão policial de proporções militares inaugura a narrativa de um jovem prodígio cibernético, celebrando o espírito de um submundo que se formava em bytes e linhas de código.
# Amores Imaginários (Xavier Dolan, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um romance platônico ganha contornos quase ritualísticos em cenas em câmera lenta, embaladas por uma trilha envolvente. Entrevistas intercaladas revelam como a idolatria não correspondida pode se tornar performance de vaidade, especialmente quando quem ama também é quem controla a narrativa.
# Atividade Paranormal 3 (Henry Joost, Ariel Schulman, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Imagens caseiras ambientadas nos anos 1980 amplificam o terror de uma menina que enxerga o invisível, transformando cômodos infantis em cenários caóticos. Embora sustos pontuais surjam de forma orgânica, a promessa de meditações mais profundas sobre vida e morte permanece inexplorada ao longo de seus 91 minutos.
# Domingos (Maria Ribeiro, 2011)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Em sua simplicidade, o documentário capta algo essencial em cada entrevistado, revelando camadas que vão além das palavras. A sensibilidade do realizador transborda o formato tradicional, transformando depoimentos comuns em perfis singulares e inesquecíveis.
# Bonequinha de Luxo (Blake Edwards, 1961)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Ícone de cult pela direção inventiva e pela personagem que flerta com a marginalidade, o filme se consagra como uma comédia romântica distinta. A protagonista, desinibida e carismática, redefine o papel feminino em Hollywood, brincando com convenções sem medo de provocar.
# Aliens 3 (David Fincher, 1992)
Recluso em um ambiente claustrofóbico, o filme perde o vigor explosivo de seus antecessores, amarrado a recursos escassos e a uma aparente falta de visão criativa. O cerco sem armas simboliza o esgotamento de uma franquia que lutava para encontrar novo fôlego.
# Antes do Amanhecer (Richard Linklater, 1995)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Do encontro fortuito entre dois jovens pulsa um pacto poético que pede suspensão de descrença. Enquanto caminham e conversam, cada diálogo se faz convite à intimidade, levando quem assiste a embarcar nessa jornada efêmera de descobertas.
# Alien, a Ressurreição (Jean-Pierre Jeunet, 1997)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]A engenharia genética aplicada à criatura ancestral rende um contraponto ao mito original, gerando uma reflexão sombria sobre hereditariedade e instinto. Em meio ao horror, a manipulação científica se revela metáfora de ciclos inescapáveis de violência.
# Os Nomes do Amor (Michel Leclerc, 2010)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Uma protagonista tão radical em sua liberdade que chega a ignorar convenções básicas, usando o erotismo como arma de persuasão política. Ainda que datado de 2011, o filme ressoa como retrato de uma era em que corpo e ideologia se entrelaçam de forma provocativa.
# Matrix (Lana Wachowski, Lilly Wachowski, 1999)
Caloni, 2025-04-17 v2 <cinema> <movies> <miniviews> [up] [copy]Um mundo onde a realidade cotidiana se revela uma construção artificial continua a ecoar como metáfora para as ansiedades contemporâneas. Mesmo exibido hoje, o choque entre a vida simulada e a busca por liberdade permanece tão atual quanto em sua estreia, antecipando debates sobre identidade, tecnologia e o controle invisível que molda nossas escolhas.