# Até a Morte

2022-06-04 tag_cinemaqui tag_movies ^

O sangue e o gore de um filme como Até a Morte, principalmente estrelando Megan Fox, pode sugerir se tratar de algo parecido com seu outro trabalho, Garota Infernal, que envolve muito sangue em que ela faz uma vampira sedenta e que desperta o lado lésbico de Amanda Seyfried. Um horror divertidíssimo de ruim.

Já este é um thriller na cabana, ou no caso, na casa no lago. Em pleno inverno, o que é certeza de gelo quebrando no final. Ou seja, você entendeu que não vão haver surpresas, exceto as planejadas no percurso da heroína que tenta se salvar a todo custo do seu trágico destino.

Fox é Emma, ou ambas são a mesma persona. Como seu marido no filme comenta, ela tem ficado cada vez mais bonita enquanto envelhece. Emma é uma esposa no fim de um casamento em crise. Seu amante é funcionário de seu marido. E o esposo é o responsável por tudo. Por trás de negócios escusos, o cara vai de misógino a sinistro em um piscar de olhos.

Ao longo da introdução algumas pistas do que vai acontecer durante o filme são plantadas, mas a descoberta do que elas significam não é o que entretém, pois sutis demais viram motivos para a história fazer sentido. O que mais diverte é a brincadeira de esconde-esconde que Fox participa ao se desvencilhar de dois capangas enquanto tenta se livrar de seu marido. Ambos se encontram na configuração mais incômoda e macabra que um casamento pode ter. Dica sem spoiler: envolve algemas, mas não da maneira como você está imaginando.

Divertidinho sem deixar de lado a suposta seriedade de sua trama, Até a Morte brilha pelo seu design de produção. Ainda que estejamos presos por boa parte do filme em uma casa sem personalidade que lembra cenários de vídeo-game, cada cômodo sendo uma fase, tudo é feito com muito esmero. Os adornos são o ponto alto. Um exemplo icônico: o aniversário de casamento é um colar que lembra uma coleira.

Não se pode ousar falar da atuação do elenco principal, pois assim como a casa é cenário de vídeo-game suas falas e personalidades seguem o mesmo tom. Monossilábicos e óbvios, os momentos em que os personagens precisam interagir verbalmente são os momentos que você mais irá devanear na sala de cinema, tentando se lembrar se deixou a luz da sala acesa. Não há fala que seja muito boa ou muito ruim, o que acaba sendo pior. Ao menos a icônica donzela das primeiras edições de Transformers já participou de momentos mais vergonhosos nos trabalhos de Michael Bay, o que ao menos gera alguma reação. Repulsa, que é melhor que nada.

Megan Fox nunca lembra uma protagonista em seu próprio filme. O diretor S.K. Dale espertamente corta as cenas onde ela possui falas antes que o espectador espere por alguma atuação. Seu rosto bonito não atinge sequer a introspecção que uma atriz adolescente em filme de cabana conseguiria. No entanto, a vantagem de vermos um rosto conhecido entre adultos é o detalhe de observarmos em como a atriz tem envelhecido bem. E disso não podemos discordar de seu marido, por mais misógino que ele seja.


# Bolo de Maçã

2022-06-04 tag_cooking ^

Minha primeira tentativa foi com essa receita de YouTubeab_channel=MeninoPrendado">essa receita de YouTube que me pareceu mais simples de aprimorar. Vão 3 maçãs (de qualquer tipo) descascadas (o que não fiz) e picadas (pedaços médios). Junto coloque 3 colheres de sopa de açúcar e 1 colher de canela em pó (coloquei mistura de tchai massala do restaurante indiano que costumo frequentar, que vai gengibre e canela, entre outras coisas). Não tinha limão em casa, então deixei apenas essa mistura repousando enquanto preparava o resto dos ingredientes.

Para o resto a receita original bate clara em neve, mas meu objetivo era fazer algo mais rústico, e não fofinho. Então eu peguei o fuê e comecei a bater na mão 3 ovos, 1 xícara e 1/2 de chá (usar o padrão de 200ml) de açúcar, cerca de 4 colheres de sopa de manteiga, 3/4 de xícara de leite integral (esquentei junto da manteiga) e 2 xícaras de farinha de trigo (peneirada). Na original havia essência de baunilha, que estava em falta, e esqueci a pitada de sal. E sem canela/tchai massala na massa também. Cruazona, mesmo.

Depois de misturar as maçãs curtidas no açúcar/canela polvilhei com 1 colher de sopa de fermento químico a massa e coloquei em uma forma com furo no meio untada com manteiga e farinha. O forno ficou em 180 graus pré-aquecido e em cerca de meia-hora mais ou menos o bolo já estava assado de acordo com o teste do palito.

O resultado ficou bem próximo do bolo de banana que costumo comer com um amigo em uma esquina da Alameda Santos e Bela Cintra, se não me engano, na região da Paulista. Se trata de uma massa simples com uma fruta picada em pedaços médios. Você consegue sentir os pedaços da fruta na textura em um bolo ligeiramente doce.

Para a próxima tentativa irei reduzir a maçã no fogo, parecido com o que eu faço com a banana para minha trança de banana, imagino com pedaços pequenos e açúcar extra. A ideia é virar quase uma geleia, mas ainda açucarada, e usar essa mistura como base para a massa. Dessa vez vou usar a canela mesmo.


# Caldo Verde

2022-06-04 tag_cooking ^

Havia feito um caldo essa semana que me fez pensar que essa receita de colocar muitos embutidos junto de batata cozida e amassada não é tão bom. O resultado é azedo e um pouco insosso. Então testei um novo método que acredito ser o melhor resultado até então.

Você vai comprar um pouco de costelinha suína, aquela com um ossinho, e deixar de molho misturado com alho picado, pimenta e sal. Depois de apurar o sabor você pode fritar as laterais das costelinhas colocando-as na superfície de uma panela quente até ficar com uma corzinha e com o fundo levemente tostado. Enquanto isso descasque e corte em pedaços médios algumas batatas.

Agora é hora de picar uma cebola e misturar. A cebola absorve esse queimado da panela. Depois que a panela secar de novo pode jogar as batatas. Depois de misturar um pouco despeje água quente até cobrir e coloque na pressão por uns 20 minutos para amaciar a batata.

Depois coloque as batatas no liquidificador, use a função pulsar apenas para desmanchá-las, e de volta para a panela comece a apurar o caldo. Fatie bem fininho a couve-manteiga e dê um susto com água fervente (você ferve a água e joga por no máximo um minuto a couve já fatiada). Se quiser dar a cor esverdeada ao caldo pegue um punhado de couve já sustada e bata rapidamente no liquidificador com uma colcha ou duas do caldo. A couve restante vai ser colocada após apurar o caldo e desligar o fogo. A gosto.

Para resgatar o sabor original do caldo você pode separadamente fritar alguns embutidos, como paio, calabresa, bacon, em pequenos pedaços, e colocar no caldo já apurado. Isso irá trazer um pouco do sabor original do caldo verde, mas não precisa lotar de embutidos.

O resultado final é um caldo que lembra carne por causa de ter apurada a batata com a costelinha frita, mas também com os embutidos que trazem o sabor original. Depois de anos fazendo essa receita esse é um dos melhores resultados.


# O Bandido da Luz Vermelha

2022-06-04 tag_movies ^

Que graça tem ser luz vermelha se é p&b? Descobri nesse DVD do filme restaurado que o filme era considerado à frente do tempo. Ele mistura cinema novo com Godard e um cheirinho de bosta. A direção é competente e afetada. Paulo Villaça cria um boçal domesticado e filosófico. Há peitinhos. Em p&b. Sem Photoshop.


# A Suspeita

2022-06-07 tag_cinemaqui tag_movies ^

Se tem um bom motivo para assistir A Suspeita é a atuação de Glória Pires, uma das grandes atrizes da dramaturgia brasileira que ainda está em atividade. Desde O Quatrilho -- após a retomada do cinema nacional e o segundo filme a ser indicado ao Oscar -- a Nise: O Coração da Loucura, um passeio delicioso pelas possibilidades da mente e da comunicação humanas -- Glória sempre foi a escolha certeira. Aqui ela faz essa investigadora solitária e que luta contra forças internas para manter suas memórias ainda vivas e resolver seu último, ou melhor dizendo, o grande caso de sua carreira.

Abdicando de vida pessoal para galgar o posto de comissária da polícia civil carioca, Lucia é uma personagem que se monta a partir de fragmentos de seu dia a dia. Esse é o mesmo formato adotado pelo roteiro escrito a oito mãos, que segue uma cartilha próxima de filmes como Amnésia (Christopher Nolan, 2000), ainda que com menor intensidade, mas que também utiliza o ponto de vista e as memórias da protagonista cena a cena para entendermos seu drama interno e a confusão mental que ela vive para conseguir não se esquecer de nenhuma pista ou detalhe que possa passar despercebido.

Ela investiga uma informação confidencial entre Beto, um traficante comandante de quadrilha no Rio de Janeiro, e o escritor/jornalista que está montando uma biografia sobre o sujeito. Essa informação tem relação com corrupção entre os grandes na própria corporação que Lucia trabalhou a vida inteira. Sua tortura psicológica é conseguir agir apesar de nunca saber se seus superiores imediatos estão envolvidos. Quando seu colega acaba sendo morto em um tiroteio extremamente suspeito ela vira alvo da mídia e o motivo que todos em volta parecem ter aguardado para colocá-la de escanteio.

O que impressiona mais na postura de Lucia é que ela poderia muito bem dar de ombros e fazer apenas seu serviço. Acumulando uma aposentadoria que poderia lhe fornecer conforto nos últimos anos de sua decadente vida graças à doença degenerativa sem cura que é vítima, seria a hora de se desligar de vez do mundo. Se esquecer. E é justamente isso a única força que mantém Lucia de pé, trabalhando todas as horas do dia e da noite para desvendar um esquema que vai se desdobrando em dimensões improváveis, e por isso mesmo, assustadoras.

O grande trunfo da direção exagerada de Pedro Peregrino, que estreia na direção mas já auxiliou Padilha em Tropa de Elite, é sua pegada pseudo-realista. Com a ajuda de diálogos que ressaltam o cotidiano com falas e gírias consideradas comuns hoje (com o risco de soar datado apenas daqui alguns anos), Peregrino reforça esse cotidiano utilizando elementos que nossa memória brasileira irá identificar, como a fachada de prédios e viadutos típicos das grandes cidades, assim como comunidades que viraram panorama na triste e decadente capital fluminense. Até detalhes mais sutis, como o uso de locações mais antigas do centro, auxiliam o espectador a se situar no tempo e no espaço de um thriller policial autenticamente tupiniquim.

Porém, o filme não consegue disfarçar que usa figuras de linguagem e narrativa comercialmente convencionais e importadas de Hollywood. É daí que vem as cenas cheias de fades, uso de foco e movimentos de câmera involuntários e desnecessários, que apenas nos fazem lembrar que esta é uma tentativa de realizar mímica com o esperado pelo público internacional. Não se trata de clichê de gênero porque é algo facilmente identificado por nós através de infinitas horas de enlatados norte-americanos.

Felizmente esse pequeno detalhe de produção não diminui todas as outras virtudes de A Suspeita, que se mantém firme até o fim como um bom exemplo de filme psicológico que sequestra nossa atenção para onde quer que mire. Há uma riqueza na composição desse universo que é imune a cacoetes do cinema comercial.

E que pode ser admirado principalmente graças à atuação de sua protagonista. Glória Pires brilha como de costume. O triste é que esse costume se repete apenas de vez em quando no cinema brasileiro. E isso se contarmos que já se passou mais de 30 anos após a retomada soa ainda como um ritmo bem tímido, mesmo que estejamos já falando de cinema de gênero.


# Aconteceu na Primavera

2022-06-07 tag_movies ^

Filme estranho italiano de dupla de irmãos diretores com viés marxista. É óbvio que sairia uma dessas merdas herméticas. A idade de censura sugerida no filme é de 14 anos, mas há poucas cenas fortes de mortes veladas. E um peitinho. A trilha sonora dá um sono difícil de gerenciar em vários momentos quando a história fica muito lenta. O roteiro monta um esquema de memórias pelas gerações enquanto a família contemporânea viaja para encontrar com seu último descendente, na doce paisagem da Toscana. Por lá o sobrenome da família é um tabu e eles são conhecidos como malditos, um trocadilho com seu sobrenome original que significa bendito. O motivo desse ódio nos escapa, é apenas sugerido por alguns acontecimentos pontuais, mas tem relação com roubar ouro dos franceses revolucionários de merda, o que não considero uma maldição, mas um ato digno de troféu. A coisa só se complica quando o exército fascista mata apenas trabalhadores traidores do país e deixa o burguês safado vivo. Mas até aí já estamos quase no final de uma história sem muita profundidade. É um teatro filmado sem muito esmero, uma telenovela sobre como o ouro deturpa as pessoas. Em que momento isso acontece os idealizadores falham em perceber.


# Rumspringa - Ein Amish in Berlin

2022-06-07 tag_movies ^

Esta comédia pensa em choque de cultura, mas atinge os valores contemporâneos, ou a falta de. O que era para ser engraçado se torna um pouco melancólico. É um filme que diz mais sobre o roteirista e diretor que o universo sendo representado. Aborda temas atuais, como relacionamentos líquidos e ecologia, onde nada parece importar. Nem mesmo o roteiro. Uma aventura adolescente com alemães deliciosos e um jovem da comunidade Amish perdido em Berlim. Ele está nessa fase que pode experimentar a vida lá fora, mas o roteiro cria algumas barreiras mentais em sua cabeça para aos poucos ir quebrando. O diretor gostou de usar o efeito de câmera lenta girando e ultrazoom na cara dos atores para parecer íntimo e introspectivo e agora usa em todas as cenas que não sabe o que fazer. O cineasta está imerso no universo que quer representar no cinema sem saber usar a linguagem do audiovisual. Nem mesmo os exageros de videoclipe. Abusar de filtros é apenas ser usuário do Insta. Os conflitos são criados e resolvidos sem mais nem menos.


# Windbg Everywhere

2022-06-09 tag_coding tag_windbg ^

Usando WinDbg em situações onde não há Visual Studio

Com essa premissa me vem à mente os seguintes cenários:

  • Não é possível instalar Visual Studio
  • Só copiar a pasta onde está rodando o windbg.exe.
  • Arquivos de dump muito grandes
  • Processo que capota consumindo o mundo de memória.
  • Cópia de arquivos em alguns ambientes demoraria séculos.
  • Processos que não podem parar
  • Bug raro de acontecer e se parar o processo já era.
  • Manter processo em observação até reprodução (memory leaks macabros).
  • Único lugar que acontece o bug
  • É raro, mas acontece sempre.

Colinha de todo dia

  • !analyze -v
  • !sym noisy, .symfix, .sympath
  • .reload /f, x
  • bp, bl, bu, g
  • db, dd, dv, da, du
  • ~, k, kv, kvn

Leak de memória

  • !address -summary
  • !heap -stat, -srch AllocSize

Máquina com rede e com firewall

Preciso do kernel

Boot da máquina

  • bcdedit /dbgsettings, /copy {current}, set debug on
  • VM: \\.\pipe\kd
  • windbg.exe -k com:pipe,port=\\.\pipe\kd,resets=0,reconnect -b
  • Para bem no código-fonte de David Cutler para um debugger portável do kernel.
  • !process 0 0

Serviços no limite da existência

Profiling

Engenharia reversa

Servidor de símbolos

  • Use o symstore para montar uma fazenda de símbolos.
  • Use o SymProxy para publicar.
  • O SymProxy também é útil como um... proxy =).

GFlags

  • Heap tagging e stack trace database para caçar leaks de memória.
  • Coleta silenciosa de dumps.
  • Chamar kernel debugger ao iniciar processo (parâmetro `-d` do ntsd.exe).

little help from my kernel: https://docs.microsoft.com/en-us/windows-hardware/drivers/debugger/controlling-the-user-mode-debugger-from-the-kernel-debugger

SymProxy para publicar: https://docs.microsoft.com/en-us/windows-hardware/drivers/debugger/http-symbol-stores


# Barreado [link]

2022-06-11 tag_cooking ^

Não tem segredo. Ou melhor, tem: monte camadas de bacon, cubos de carne e cebola. Jogue água quente até cobrir quando terminar. Deixe na pressão em fogo médio/alto por meia-hora. Tire da pressão. Coloque mais água quente e tempere com cominho, sal e folhas de louro. Mais meia-hora a quarenta minutos na pressão a fogo baixo. Retire da pressão. Mexa para desfiar. Já está pronto, mas pode continuar cozinhando e mantendo o caldo líquido, sempre com água quente para não parar o cozimento. O sabor não diminui com o tempo, é só acertar o sal. Coma com farinha de mandioca, banana da terra ou puro. No pão também fica top.


# Canja

2022-06-11 tag_cooking ^

Coloquei canja porque pode ser de galinha, que não sei as peculiaridades, mas a minha do dia a dia é de frango. É muito simples: compra um peito de frango. Fatia ele bem fininho. Esquenta a panela de pressão e encosta a superfície das fatias do peito no fundo da panela e deixa tostar um pouco. Se começar a queimar, que é quando após estalos um cheiro ruim chega, é porque passou demais. Antes desse ponto você pode ir jogando água fervente por cima, bem pouco, apenas para não queimar (mesma estratégia para dourar cebola). O objetivo é dar uma cor e extrair um pouco de sabor desse pedaço sem graça do frango.

Depois de tostar todos os pedaços joga o resto da água fervente, tampa a panela e deixa cozinhar um tempo. Pelo menos meia-hora. Não vá queimar. Deixe um timer.

Agora que você já deixou esfriar o frango desfie ele, com a mão, com o garfo. Não deixe pedaços grandes do frango, ele irá se misturar ao caldo.

Coloque um pouco de gordura na panela, ligue o fogo e comece a ir colocando a cebola picada, alho, o frango desfiado. Um pouco de coentro (mas não muito) se gostar. Acerte sal e pimenta e jogue açafrão para dar mais cor e se gostar. Deixe uma água quente do lado. Rale uma cenoura, passe um arroz e vá jogando. A quantidade? Tenta fazer o mesmo volume de frango para o arroz (depois de cozido) e a cenoura (crua). Depois de refogar um pouco pode cobrir com água e deixar cozinhar e apurar.

Ao final desligue o fogo e jogue um pouco de salsinha picada para a cor. Bom apetite nesse friozinho =)


# Colombia

2022-06-11 tag_coffee ^

Eu gosto bastante desse café da Starbucks, mas essa safra na Aeropress tá dose de acertar. Está bem intenso o amargor. Já estou usando menos pó com uma moagem mais grossa e com menos tempo de infusão e ainda assim está bem marcante. O sabor no Aeropress é tão intenso que acho difícil encontrar detalhes exceto amargor e corpo intenso. No coador de pano no nível 9 de moagem e com 4 minutos de infusão o nível ficou bem próximo do ideal, com a intensidade do sabor, mas talvez com o corpo ligeiramente mais leve. Não sei se isso é um problema.


# Iogurte

2022-06-11 tag_cooking ^

É bem simples de fazer. Basta ter tempo. E leite pausterizado. Não pode ser UHT. Tem que ser pausterizado. Fica na geladeira. E iogurte natural para começar sua fazenda de lactobacilos. Pode ser qualquer um.

Ferva o leite. Espere esfriar a 40 graus (demora). Se não tiver termômetro espere até conseguir colocar o dedo dentro do leite por 10 segundos. Então misture bem o iogurte em movimentos leves. Fecha a panela e deixa umas 12 horas (da noite pro dia funciona).

Se quiser tirar o soro é só deixar ele suspenso em alguma toalha de papel ou pano limpo. Aqui eu uso uma peneira bem fina. Só deixar na geladeira. Deixei a última vez a noite inteira também. O sabor fica maravilhoso.

Para fazer mais é só comprar mais leite pausterizado. O iogurte já pode ser o seu =)


# O Mistério de Silver Lake

2022-06-13 tag_movies ^

Andrew Garfield é o Homem Aranha pop e aqui ele vive em um mundo onde roubaram suas memórias de infância e substituíram por uma teoria da conspiração. No meio há sexo, peitinhos, metalinguagem e referências de montão. A direção se diverte imensamente, assim como a trilha sonora. Ambos evocam tempos eternos do cinema mudo e o cinema dos anos 60 de Alfred Hitchcock, mas acaba atrapalhando um roteiro competente, intrincado, cheio de detalhes que parecem soltos e quenão estão (se você pensar direito). O filme é divertido, e ter um elenco desconhecido contribui. E por isso Garfield não está bem. Mal escalado, ensaia um personagem tragicômico sem a postura dramática. Seu peso é ter perdido a mulher. Ó dó. É como o patético Ashton Kutcher em Efeito Borboleta (que também perde feio para o resto do elenco, em especial os da fase mirim da história). É engraçado repensar em nossas influências e na junção do novo e velho, mas parece haver um limite até onde isso é bom. Com certeza o limite fica antes das duas horas e meia de projeção. Faz lembrar outras histórias envolventes com um pé na fantasia, como o inequecível Veludo Azul de David Lynch (1986). No entanto, enquanto Blue Velvet possuía um elenco com aspirações juvenis, mas com motivações adultas, que atribuem peso à narrativa, Silver Lake é um filme nu, com carência moral, o que impacta seu final decepcionante, incluindo a reviravolta feita para fãs mais inocentes de Donnie Darko terem esperança de um revival, se esquecendo que este é um projeto comercial e planejado para ser um sucesso, e não uma produção independente obscura de estreia que acaba arrebatando um vácuo que merecia a obra avassaladora de Richard Kelly. O diretor de Silver Lake é David Robert Mitchell em seu terceiro trabalho, sendo que ainda não chamou a atenção. Não é agora que o fará com esse longa-metragem bem longo, pop apelativo com a desculpa de crítico, e que assim como a série patética Stranger Things apela para a referência pela referência. Mas não me levem a mal. O filme é bom, levemente divertido e está no caminho certo. Devemos de fato passar a mão na cabeça de James Dean. Devemos aguardar aos pés de Newton por um novo caminho para nos salvar. A metalinguagem implícita está correta. O que não quer dizer que o filme esteja.


# A Bela Junie

2022-06-19 tag_movies ^

Quem disse que francês não pode fazer filme enlatado? Neste drama adolescente que se passa em uma escola da elite francesa -- eles aprendem inglês, italiano e russo -- essa menina é belíssima e não consegue se desvencilhar do garanhão do pedaço. Tudo fica mais complicado depois que ela dá uma chance para Otto, um garoto daqueles para se casar. A novelinha segue até algo que pode-se confundir com o clímax, quando A Bela Junie se oferece de peitos de fora para seu companheiro Otto. Feito para ouvir alunos franceses falando em outros idiomas. Uma música-tema repetitiva que dá sono.


# Amores Brutos

2022-06-19 tag_movies ^

Iñarritu cria uma poesia cinematográfica que eleva a linguagem. O filme não tenta em nenhum momento ser espertinho pelas suas técnicas narrativas, e quase nunca conseguimos apontar um detalhe feito apenas pela virtude técnica, ou seja, para se mostrar. No entanto, do começo ao fim a narração é só virtude. É uma montagem tensa que segue um roteiro fluido que relata sensações de vidas que poderiam ser reais sem se preocupar em manter um discurso ou erguer uma bandeira. Ele nos mantém nesse barco por tempo o suficiente para não querermos mais sair antes do final. Eis o cinema que os grandes diretores gostariam de fazer sempre, mas muitos são atrapalhados pelo próprio ego. Este diretor mexicano o fez e esmigalhou seu orgulho de ostentar técnicas de filmagem (que possui) e controle do elenco, sacrificando uma suposta autoria (para os que acreditam em cinema de autor) pelo bem da sétima arte. E o resultado compensou para nós, amantes da sala escura.


# Partida ganha, mas como? [link]

2022-06-19 tag_chess ^

Pretas jogam:

1. e4 c6 2. Nf3 d5 3. exd5 cxd5 4. d4 Nc6 5. Bb5 Bd7 6. Nc3 a6 7. Ba4 Nf6 8. Bg5
e6 9. O-O b5 10. Bb3 Na5 11. Re1 Nxb3 12. axb3 Be7 13. Bxf6 Bxf6 14. Nxd5 O-O
15. Nxf6+ Qxf6 16. c4 Bc6 17. Ne5 Bb7 18. Nd7 Qg5 19. d5 Rfd8 20. Nb6 Rab8 21.
f3 Bxd5 22. Nxd5 exd5 23. cxd5 Rxd5 24. Qe2 Rdd8 25. Rxa6 Qc5+ 26. Qf2 Qb4 27.
Qe3 Qd2 28. Re2 Qd7 29. Kf2 Re8 30. Qd2 Rxe2+ 31. Qxe2 Re8 32. Qc2 b4 33. Rc6
Qd4+ 34. Kg3 Qe5+ 35. f4 Qe3+ 36. Kg4 h6 37. Rc8 Rxc8 38. Qxc8+ Kh7 39. Qf5+ Kg8
40. Qc8+ Kh7 41. Qc2+ Kg8 42. g3 Qe6+ 43. f5 Qf6 44. h4 h5+ 45. Kf4 Qh6+ 46. Ke4
Qf6 47. Qc8+ Kh7 48. Qc5 Qxb2 49. Qxb4 Qg2+ 50. Ke5 Qxg3+ 51. Kd5 Qc7 52. f6 {A
partir daqui eu começo a ter uma leve vantagem e não sei por quê.} 52... Qd7+
53. Qd6 Qxd6+ 54. Kxd6 {Fiz certo em trocar as damas, mas não entendi qual a
linha vencedora, me perdi no tempo quando a solução era avançar algum peão de h
ou g.} 54... gxf6 {E no lugar capturei em f e deixei o peão dele em b com
vantagem na promoção (do contrário seriam duas damas no tabuleiro novamente e eu
não entendi por que isso seria uma vantagem para mim).} 55. b4 Kg8 56. b5 Kf8
57. Kd7 1-0

# Dois peões ganham de um se há torres no tabuleiro? [link]

2022-06-19 tag_chess ^

1. Nf3 d5 2. e4 dxe4 3. Ng5 Nf6 4. d3 exd3 5. Bxd3 Nc6 {Essa é uma boa defesa
contra o Gambito Tennison, pois protege a Dama contra a armadilha do xeque
descoberto do bispo.} 6. O-O h6 7. Nf3 e5 8. Re1 Bd6 9. Nc3 Bg4 10. h3 Bh5 11.
Ne4 Nd4 12. Nxf6+ Qxf6 13. Be4 O-O-O 14. Qd3 Bc5 ({Aparentemente essa linha
deixaria as negras ganhas porque minha torre não consegue se mexer.} 14... Bb4
{-4.43} 15. Qe3 {-4.24} 15... Bxe1 {-4.47}) 15. Nxe5 {Pus tudo a perder
novamente contando com o xeque descoberto em cima da Dama (mais uma vez) não
vendo que isso deixava a minha Dama desprotegida contra o xeque descoberto do
adversário.} 15... Nf3+ 16. Qxf3 Bxf3 17. Nxf3 Rhe8 18. Bxb7+ Kxb7 19. Bd2 Qxb2
{E de repente eis que meu adversário entrega sua Dama também, em troca de uma
Torre.} 20. Reb1 Qxb1+ 21. Rxb1+ Ka8 22. Bf4 Re2 23. Bg3 Rxc2 24. a4 g5 25. Rf1
Rdd2 {Agora ele entrega outra Torre, facilitando para mim.} 26. Nxd2 Rxd2 27.
Bxc7 Ra2 28. a5 Kb7 29. Bd8 Bd6 30. g4 Bc7 31. Rb1+ Kc8 32. Bxc7 Kxc7 33. Rb5
Kc6 34. Rf5 a6 {Agora era a hora de trazer o Rei e não ficar brincando de dar
xeque com a Torre.} 35. Rf6+ Kb5 36. Rf5+ Kc6 37. Kg2 Rb2 38. Rxf7 Rb5 39. Rf6+
Kb7 40. Rxh6 Rxa5 41. h4 gxh4 42. Rxh4 Rb5 43. f4 a5 44. g5 Kc8 45. g6 Rb8 46.
g7 Kd7 {Th8 já liquida a partida; mas não, vamos deixar mais emocionante.} 47.
f5 Ke7 48. Rf4 Kf7 49. f6 Ra8 50. Kg3 a4 51. Rh4 {Toda a questão em torno dessa
final era impedir a promoção do adversário usando a Torre e levar meu Rei para
apoiar a promoção de algum dos peões. Agora pensando em retrospecto faz todo
sentido.} 51... a3 52. Rh8 Rg8 53. Rh2 Ra8 54. Rh8 Rg8 55. Rh2 Ra8 1/2-1/2

# Sonic

2022-06-19 tag_movies ^

Este filme foi refeito porque o bonequinho era muito feio. Então lançaram uma versão farofenta onde sua única virtude são os momentos que reutilizam as qualidades do jogo original, como a textura e a música-tema. Todo o resto é descartável. Exceto quando Jim Carrey diz suas falas, com tanta convicção que algumas parecem boas.


# As Duas Inglesas e o Amor

2022-06-25 tag_movies ^

Truffault é o amiguinho do Godard e ambos criam os filmes franceses mais chatos da história quando querem criticar algo sem o bom humor. E o bom humor falta em As Duas Inglesas e o Amor, quiçá um dos melhores filme do diretor, que brinca com o conceito literário e as diferenças culturais de dois povos tão próximos fisicamente quanto distantes moralmente. Há algumas reviravoltas que nos acordam por alguns minutos, mas a sensação é pertencer a um dos sonhos que são os filmes do diretor russo Andrei Tarkovsky sem a introspecção nem a filosofia. Um drama barato, novelesco, cartunesco e vazio de alma. Em suma: um trabalho mais francês, do niilismo insuportável, que inglês, de um humor sagaz e espirituoso.


# AWK and DNA [link]

2022-06-25 tag_coding ^

Pesquisando sobre otimização de AWK eu encontro este post em que uma pessoa tenta tornar a análise de sequências de DNA na nuvem algo financeiramente e computacionalmente viável. Ela começa tentando o óbvio, usando SQL nas próprias estruturas de CSV hospedadas na S3, passa por tentativas de particionar os blocos, por entender como paralelizar a operação e termina em uma solução que usa AWK junto de GNU Parallel, redirecionando a saída para que a linguagem R processe.

select * from intensityData limit 10;
select * from intensityData where snp = 'rs123456';

>

> Eight minutes and 4+ terabytes of data queried later I had my results. Athena charges you by data searched at the reasonable rate of $5 per TB. So this single query cost $20 and eight minutes. If we ever wanted to run a model over all the data we better be ready to wait roughly 38 years and pay $50 million. Clearly this wasn’t going to work.

>

Lessons Learned

  • There's no cheap way to parse 25tb of data at once.
  • Sorting is hard, especially when data is distributed.
  • Never, ever, try and make 2.5 million partitions. (cost: $1k+ USD)
  • Sometimes bespoke data needs bespoke solutions.
  • Don't sleep on the basics. Someone probably solved your problem in the 80s.
  • gnu parallel is magic and everyone should use it.
  • Associative arrays in AWK are super powerful.
  • yp1234,577,1,3
    yp5678,577,3,5
    yp9012,132,8,9
    # This will create the two files 577.csv and 132.csv in your current directory.
    awk -F, '{ print > $2 ".csv" }' file.csv
    parallel --block 100M --pipe  \
            "awk -F '\t' '{print \$1\",...\"$30\">\"chunked/{#}_chr\"\$15\".csv\"}'"
    

# AWK and Stack Overflow [link]

2022-06-25 tag_coding ^

XML Issues

Este post foi resultado da minha pesquisa sobre AWK e performance. Ele contém alguns insights que acredito serem úteis para otimizar o código AWK. Nem sempre a linguagem é a ferramenta ideal para trabalhar dados, como o rapaz da dúvida mencionou (ele estava tentando parsear XML), mas mesmo assim as respostas focaram na implementação interna do AWK para entender como tornar o processamento massivo de dados factível, ou pelo menos mais rápido. Isso pode ser útil no dia-a-dia.

>

> "The Enlightened Ones say that....

>

> You should never use C if you can do it with a script;

>

> You should never use a script if you can do it with awk;

>

> Never use awk if you can do it with sed;

>

> Never use sed if you can do it with grep."

>

Test #1

yes 'SomeSampleText SomeOtherText 33 1970 YetAnotherText 777 abc 1 AndSomeMore' | head -1000000 > bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {a = 0;} {if ($5 == "YetAnotherText") a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {a = 0;} {if ($0 ~ /YetAnotherText/) a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {a = 0;} /YetAnotherText/ {a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {a = 0;} {if (NF == 9) a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {a = 0;} {if ($1 == "SomeSampleText") a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {a = 0;} {if ($9 == "AndSomeMore") a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt

Test #2

yes "<SomeSampleText:SomeOtherText=33>1970<YetAnotherText:777=abc>1<AndSomeMore>" | head -1000000 > bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {FS = "<|:|=";} {if ($5 == "YetAnotherText") a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {FS = "<|:|=";} {if ($0 ~ /YetAnotherText/) a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {FS = "<|:|=";} /YetAnotherText/ {a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {FS = "<|:|=";} {if (NF == 8) a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {FS = "<|:|=";} {if ($2 == "SomeSampleText") a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN {FS = "<|:|=";} {if ($8 == "AndSomeMore>") a ++;} END {print "a: " a;}' bigsample.txt

Test #2.1

time grep -c YetAnotherText bigsample.txt

Test #3

yes 'a b c d' | head -1000000 > bigsample.txt
time gawk '{if(NF==5)print("a")}' bigsample.txt
time gawk '{if($4=="Hahaha")print("a")}' bigsample.txt
time gawk '{if($1=="Hahaha")print("a")}' bigsample.txt
time gawk '/Hahaha/{if($4=="Hahaha")print("a")}' bigsample.txt

Preliminary conclusions

  • It seems that parsing and splitting into fields is faster when there is one simple delimiter, instead of several delimiters.
  • Usually getting $N is faster than getting $M, where N < M
  • In some cases, searching for /pattern/ in the whole line is faster than comparing $N == "pattern", especially if N is not one of the first fields of the line
  • Getting NF can be slow because the line has to be parsed and fields calculated, and more so if there are several delimiters

Final test

<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>
<ConfigDataFile xmlns:un="specific.xsd" xmlns:xn="generic.xsd">
    <configData dnPrefix="Undefined">
        <xn:SubNetwork id="ROOT_1">
            <xn:SubNetwork id="ROOT_2">
                <xn:attributes>
                ...
                </xn:attributes>
            </xn:SubNetwork>
            <xn:SubNetwork id="ID_1">
            ....
            </xn:SubNetwork>
            <xn:SubNetwork id="ID_2">
            .....
            </xn:SubNetwork>
        </xn:SubNetwork>
    </configData>
</ConfigDataFile>
xml sample 300k times bigger
time gawk 'BEGIN{FS="[<:=]"}NF>=4{a++}END{print a+0}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN{FS="<|:|="}NF>=4{a++}END{print a+0}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN{FS="<|:|="}NF>=4&&/:SubNetwork/{a++}END{print a+0}' bigsample.txt
time gawk 'BEGIN{FS=":SubNetwork"}NF>=2{a++}END{print a+0}' bigsample.txt
time gawk '/:SubNetwork/{a++}END{print a}' bigsample.txt

Mawk

No meio das minhas pesquisas também encontrei este projeto chamado mawk, que é uma versão otimizada do AWK. Instalei pelos fontes do projeto na minha máquina e fiz os mesmos testes do post do Stack Overflow com resultados absurdamente mais rápidos. Ou seja, vale uma visita.

Final conclusion

>

> Show that if you use your :SubNetwork as field separator, it's the fastest.

>

  • Regex as filter is much faster than run the action.
  • Mawk is fast as hell.

# Boa Sorte

2022-06-25 tag_movies ^

O filme de fotografia pálida e uma Débora Secco que faz sua persona do Twitter: desleixada. Combina com uma aidética. Ela paga peitinho, mas sabemos ser silicone. E ela nem liga. O rapaz é sortudo, está em um filme como protagonista e só precisa fazer cara de paisagem. Ver Fernanda Montenegro de relance é uma brisa, faz quase valer o filme um pouco mais. A história é daquelas de hospício, com os vistos como malucos da sociedade, mas acaba se revelando uma farsa, metafórico talvez, mas nunca original. No final acaba o papel do roteiro e alguns personagens ficam esquecidos. Ou o roteirista tem Alzheimer ou acabou o dinheiro das filmagens. Tem cena de violão e uma sequência de dança editada dentro dos corredores do hospício, como um video-clipe para fazer valer a pena pelo resto de marasmo.


# Kedma

2022-06-25 tag_movies ^

Amos Gitai é o mestre sionista em criar merdas colossais. Desde sua obra mais odiada, Carmel, que foi aplaudida na sessão da Mostra onde o vi porque o dito cujo estava presente, tenho uma afeição pelo diretor. Ele possui um certo charme em ser desafiado intelectualmente e por exacerbar o drama de seu povo em filmes repletos de simbologias vazias e mensagens secretas para quem conhece a desprezível cultura. Assim como ciganos são tradicionalmente mal vistos pela sociedade mundial, Amos consegue gerar a mesma sensação pelo seu povo, o que talvez seja o efeito contrário do que ele espera. O que comprova mais uma vez que apesar de tecnicamente soberbo, suas obras estão imbuídas de uma moral duvidosa. Quiçá odiosa.


# Minha Torra Dark

2022-06-25 tag_coffee ^

Fiz nova torra na pipoqueira, com uma quantidade bem razoável (meio quilo talvez) e o resultado ficou bem dark, quase queimado. Depois de três a quatro dias descansando: ficou amargo? Um pouco. Mas isso é devido às imperfeições. Ficou intenso e doce também. Não ficou ruim. É um bom café. Mineiro e honesto.


# Sumatra

2022-06-25 tag_coffee ^

Por que gosto desse café da Starbucks? Ele não é frutado nem doce nem dark. Justamente por isso. Seus traços de vegetal e sua falta de acidez e um certo teor alcalino é uma mudança de ares bem-vinda. Não espere mais do mesmo.


<< >>