# Gitflow Zone e Listas de Cinema

2023-05-05 tag_movies tag_essays ^

Foi citado neste poste o filme do Twilight Zone de 1980 guaraná com rolha e gitflow. Só coisas velhas.

Ando pensando em criar listas bonitinhas de referência. Filmes e diretores. Os filmes servem para buscar alguém nos créditos, seja diretor ou outra pessoa, que pode ser uma boa de ver em outros trabalhos, ou até comparar com trabalhos semelhantes (não necessariamente da lista). Já a lista de diretores é porque eles são os caras. Reúnem a galera para rodar um filminho. Gastam a grana dos outros pra lançar sua porcaria. Por que não dar uma olhada no que o cara fez? Se até a mãe dele gostou...

Essa lista 2 eu chamaria de "Diretores que vale a pena ~~esfaquear~~ estalquear".

A introdução: Para mais um item da incompleta série de listas incompletas segue a daqueles diretores cuja existência não dá para ignorar...

A conclusão: se você também tiver um diretor que não está nesta lista para compartilhar vou te ignorar.

Um exemplo dos candidatos:

Woody Allen. Como os conflitos internos humanos são embalados em um humor ácido e autodepreciativo. Detalhe para como os créditos são sempre iguais e a trilha sonora faz parte do mesmo disco. É uma série cujos episódios estão espaçados por meses ou até anos.

Quentin Tarantino. Uma visão sobre o cinema de quem venera o cinema da época das videolocadoras, ou de quem venera lixo como arte que vira arte porque a arte "de verdade" anda um lixo.

Acabaram minhas ideias. Daqui a pouco coloco mais itens aqui.

A lista 1 eu chamaria de "Filmes que prestam", dos filmes que podem ser usados de mil e uma formas. Até para assistir. Ainda não tenho exemplos do que colocar aqui. Quando estiver sóbrio eu posto (e nunca mais voltou).

Tire gitflow de sua vida

O gitflow não foi feito para desenvolver, mas para gerir processos. Por isso há uma nomenclatura extensa de branches e regras. Um texto a respeito que comecei foi:

Eliminando o gitflow da sua vida

Gitflow é bonito e tudo mais, mas se você precisa de tantos microprocessos e validações para garantir a estabilidade de seu software quer dizer que ele não está na melhor forma em primeiro lugar. Se apenas um pull request revisado e aceito que passou por todos os testes não é o suficiente para atualizar a master, o que será?

Desenvolvedores não gostam de burocracia. Mas a Atlasian gosta. Ela ganha dinheiro em cima de burocracia. E as empresas tentam ganhar dinheiro em cima de desenvolvedores não tão talentosos. E os devs talentosos acabam vendendo a alma ao adotar metodologias que parecem atraentes em um primeiro olhar, mas não são. Elas te tornam um escravo da forma e te fazem esquecer que o que mais importa é o conteúdo. Assim como o comitê C++.

Twilight Zone, O Filme

Por fim, uma nota de saudação para este longa-metragem que é uma série de curtas homenageando a série fantástica (no sentido literal) criada por Rod Serling. Tem direção do Steven Spielberg no episódio mais cafona e George Miller (Mad Max: all of them) fazendo história com o episódio do avião. Há um outro episódio curioso do menino que consegue tudo o que deseja, o que me faz lembrar que a revisita da série recente por Jordan Peele apela para esta ideia em uma de suas histórias, quando uma criança é eleita presidente. Curioso como crianças e pessoas senis não possuem muito discernimento e como ironia da vida é isto o que vemos hoje sentado na Casa Branca. Bom, ao menos a ficção não é tão ácida: crianças não tentam abusar de menores.


# Um Carê da Pesada à Indiana

2023-05-05 tag_cooking tag_movies tag_series tag_essays ^

Neste post eu cito Um Tira da Pesada (Beverly Hills Cops), filme icônico dos anos 80 com Eddie Murphy, uma série da Netflix chamada Casamento à Indiana, e um carê muito doido que eu fiz.

Um dos desafios de fazer carê é a textura dos legumes. O ideal é que você consiga senti-los inteiros, mas não duros. Macios e tenros. Ao usar diferentes legumes como batata, cenoura, mandioquinha, eles devem ser cozidos para terem o mesmo nível de dureza. É necessário tomar conta da maciez de cada um para que um não fique mais molenga ou duro que o resto. Sim, eu tive problemas em fazer carê da última vez.

Os legumes não cozinhavam no mesmo ritmo e eu fiz vários ajustes para conseguir o efeito sem sucesso. No final reaproveitei o carê da véspera e bati tudo junto e cozinhei mais legumes em cima. O resultado ficou bom, mas estranho. Além da textura a Mitiko reclamou do sabor inexistente. Acredito que seja este curry em pó safado que compramos. Mesmo colocando uma porção generosa ele não embala sabor nos legumes.

Por falar em coisas indianas, Mitiko está assistindo esta série de reality sobre uma casamenteira indiana que percorre o mundo juntando casais. É diferente do Tinder, pois ela que faz o filtro. Ela é como a representante dos casamentos arranjados do passado. Ela dá conselhos aos jovens afobados que querem desistir do pretendente depois do primeiro encontro por pequenos detalhes. Ela luta para manter viva a figura do destino que une os casais, e ela é uma representante.

É divertido assistir realities porque sempre tem esse misto entre realidade e ficção. Como sempre haverá uma câmera as pessoas nunca serão autênticas, mas versões construídas para o público. Mas esta série edita bem os momentos para nos contar uma história.

Algo semelhante acontece com Um Tira da Pesada, este filme icônico dos anos 80 recheado de ótimas músicas. Eddie Murphy é a alma deste filme. Ele está fazendo seu standup no meio de um personagem. Esta comédia policial tem um charme que não envelheceu, apenas fica melhor. Não é um ritmo que o espectador irá apreciar, mais lento que o usual e com cenas batidas que todos já sabemos o final. No entanto, olhe para a construção da trama, em cadência e sem pressa. O filme não quer preencher um checklist mesmo que acabe o fazendo.

Jonathan Banks é a surpresa no casting. Fazendo as mesmas caras de seu personagem Mike da série Breaking Bad, ele tem poucas falas e expressões menos ainda. Mitiko que descobriu na primeira cena quem era. Depois ficamos observando as entradas em seu cabelo e a cara derretendo, o que já denuncia seu futuro como persona.

A trilha sonora deste filme é a música de fundo agradável de quem vai na sessão de cinema se descontrair, dar algumas risadas de Murphy. A batida é muito legal e deixa o filme menos sério, mais charmoso.

A transição da caída Detroit e a paradisíaca, rica ou megalomaníaca Beverly Hills é o ponto de partida de uma história que fala sobre quais os limites de seguirmos as regras. Há uma discussão que dá voltas pelo departamento de polícia. Aqui o problema não é corrupção policial, mas o contrário. Eles são muito quadrados. E o personagem de Murphy se diverte muito com isso. Ele escapa de várias criando personas que atendem às expectativas de suas vítimas, como fingindo ser um jornalista que irá cobrir a vinda de Michael Jackson (na época em seu auge, dá para ver pelas pessoas fantasiadas nas ruas) e consegue se hospedar em um hotelzaço. Seu Chevy caindo aos pedaços é outra piada recorrente e sempre eficiente.

Eddie faz um curioso par com Chris Rock quando o assunto é falar das experiências com a pobreza e a negritude. É a coisa real, não a visão branca de hoje em dia vista por negros de classe média. Por isso é leve, divertido, autêntico.

Não se faz nem se fará filmes como esse. Nem poderia. Qual o sentido se o filme continua charmoso e o cinéfilo pode se divertir reassistindo? Qual a vantagem de ter comido um carê estranho sem a oportunidade de pode fazer outro?

É, talvez casar felizes para sempre possa ser reavaliado depois que conversamos sobre filmes imutáveis e carês em constante progresso.


# River Raid

2023-05-10 tag_games ^

Jogando River Raid com a Mitiko. Ele foi escrito em 1982 e tem a idade dela. Fomos olhar se o programador estava vivo ainda e está. E é uma programadora.

Carol Shaw escreveu este como seu primeiro jogo quando começou a trabalhar na Atari. E arrasou.

O uso de cores básicas tornam o cenário do jogo simples de entender, mas não simplista. É possível discernir com uma certa satisfação as diferenças de superfície como o mar e o gramado. E é curioso entender como um avião pode sobrevoar o mar e se chocar com um gramado. A diferença sutil de cor identifica se tratar de uma montanha à frente. Ou pelo menos é o que nossa imaginação permite deduzir.

O padrão de criação de telas é algo de louco. Não é incomum jogos daquela época usarem uma seed para gerar os mapas, pois não havia espaço na memória para armazenar todas as fases. Porém, River Raid é o que menos aparece a técnica. A impressão é de que alguém de fato desenhou cada uma das partes do mapa.

Os checkpoints são uma forma inteligente de salvar a altura do mapa e permite que partidas de dois jogadores, ainda que cada um jogue sua vez, fique com cara de corrida.

O movimento dos obstáculos, principalmente os navios e helicópteros, não se repete. Eles começam a se mexer em momentos diferentes a cada vez que se passa pelo mesmo ponto. Isso impede que o jogador decore como passar as telas porque ele nunca vai saber antes a posição dos obstáculos. Com isso ele precisa focar nas habilidades em mover seu avião.

E aí entra a beleza do jogo. O avião pode executar seus movimentos de várias velocidades. Ele se mantém constante, mas você pode mudar a aceleração indo para a frente e para trás. Essa mudança serve para evitar colisões. Ou você pode desacelerar para abastecer combustível, fazer manobras apertadas. As combinações são muitas para um jogo tão simples.

No entanto, ao desacelerar, o controle do avião fica muito sensível, tornando mais fácil dançar com ele para os lados. Ou seja, não existe caminho fácil para passar pelo mapa.

Outro detalhe fascinante são os tiros. É possível ficar atirando sem parar projéteis na tela, mas ao fazer isso se perde precisão para acertar os alvos. Então é necessário escolher a estratégia do momento: sair atirando em qualquer coisa ou aguardar o tiro certeiro antes da colisão.


# Bolo de Laranja

2023-05-19 ^

Essa receita foi me passada pela Mitiko, que fez o melhor bolo de laranja que já comi na vida. Tentando replicar agora para ajustar a receita para ambos os paladares: os que gostam do sabor adstringente, que é o que acontece quando se usa laranja inteira na receita, e os que até gostam, mas acreditam haver um limite. Vamos achar esse limite.

Rendimento: 2 formas de furo pequenas de 15cm.

Ingredientes

  • 3 ovos;
  • 280g de farinha de trigo peneirada;
  • 12g de fermento;
  • 240 g de açúcar;
  • 170g de óleo;
  • 240 g de laranja (cerca de 1 laranja grande);
  • 1 colher de sopa rasa de baunilha;
  • 1 pitada de sal.

Preparo

Peneire a farinha de trigo, o fermento, o sal e reserve. Corte a laranja ao meio. Mantenha uma das metades com a casca e a parte branca, a outra metade retire e reserve apenas o suco e o bagaço. Coloque no liquidificador a laranja, os ovos, o óleo e bata por aproximadamente 2 minutos. Acrescente o açúcar e bata por mais 1 minuto. Vire a mistura nos secos peneirados e mexa com o fouet.

Calda (opcional): Suco de 1 laranja e 1/2 xícara de açúcar. Leve ao fogo até começar a engrossar e coloque quente sobre o bolo.

Histórico

2023-05-14

Fiz sem a parte branca da laranja e com 180g de açúcar e ele ficou fraco no sabor e no doce. Para a próxima tentativa voltar para a receita original colocando metade da laranja inteira e mais açúcar (talvez 200g). A falta do doce pode ser falta de calda.

2023-05-16

Fiz novamente a receita do bolo de laranja, mas dessa vez colocando meia laranja inteira mais o suco da outra metade. Isso em metade da receita. Ou seja, deveria ter ficado bem laranjudo. Porém, até até o resultado ficou comportado. Usei 100g de açúcar (de 140g da receita original) e 2 ovos no lugar de 3. Dá para sentir o sabor mais adstringente, mas nada que incomode. Acredito que o estado da laranja influencie no resultado final. Ajustei a receita para 240g de açúcar na receita original, pois acredito que bolos cítricos tornam o doce mais leve.


# Começando a entender sobre minhas categorias e tags

2023-05-19 ^

Estou usando agora uma analogia muito útil: entenda categorias como verbos e tags como objetos. Não necessariamente objetos no sentido restrito da gramática -- o objeto direto e indireto -- mas também como advérbios, adjuntos, etc. Em suma: complementos ao verbo. Tudo que diz respeito a uma ação.

O verbo é o item principal de uma frase que denota ação. A categoria, portanto, determina qual ou quais as ações de um determinado post. E eu disse quais, no plural, porque a vantagem em dividir ações e complementos através de categorias e tags é que eu posso manter esses conceitos separados e juntá-los sem precisar criar um novo item.

Ficou confuso?

Um exemplo que ficou bem claro para mim são os novos ensaios que venho fazendo misturando temas. De repente estou falando de carê, de um filme que vi e uma série, tudo junto no mesmo post. Categoria: reviews e essays. Tags: movies, series, food. Verbo e objeto. Ação e circunstâncias.

Outro exemplo recente é quando li um livro sobre exercícios físicos. Costumo e considero fazer reviews de livros quando os leio. Categorias: reading e reviews. Tags: books e body.

No momento estou gostando dessa nova forma de pensar sobre essas taxonomias, principalmente porque nunca achei uma explicação satisfatória, e essa encaixou como um belo chapéu. Categoria: vestir. Tag: acessórios.

Este post entrará na categoria blog. Sem tag. Esta é outra vantagem da analogia: nem sempre verbos precisam de um complemento.


# Vinhos e mais vinhos (seção Rosé/Espumante)

2023-05-19 tag_wine ^

Vinhos citados neste post:

  • L'Instant de Roseline 2019
  • Carmine Granata Bonarda
  • Dádivas Espumante Rosé
  • Nahe Freu Dornfelder 2018

Sim, foram muitos vinhos nos últimos dias. Três deles foram acabados no Dia das Mães.

L'Instant de Roseline é um vinho rosé francês. Ou seja: o cúmulo da sutileza. Contraste absurdo com o Carmine Granata Bonarda que abri em seguida. Bojudo, audaz. Agressivo e corajoso.

Já o Dádivas, um espumante que estava na adega um bom tempo, não é nem tão doce, mas nem tão amargo. Inexpressivo, mas gostoso.

O último da lista é esse alemão, Nahe Freu, bem mais encorpado que os outros rosés que comprei em uma promoção e estavam na adega. Sabor mais sisudo e menos floral. Curioso para quem acha que todo rosé é levinho.


# Aomori Microlot (Kraft do The Coffee) [link]

2023-05-28 tag_coffee ^

O café acabou e fui buscar em um rolê de bike no ABC, aqui do lado. Era uma terça e havia pensado erroneamente que seria dia de torra nova no Birmingham, uma cafeteria com microtorrefação gerenciada por um químico. Acertei o dia, mas errei o período: a torra acontece toda terça à noite, não de dia. Ou seja: café novo apenas no dia seguinte.

Busco rápido pelo maps por alternativas e encontro um The Coffee por perto, o primeiro do ABC, e diferente do usual, mais amplo, com lugares para sentar. Porém, uma vez lá, descubro que não estou com muita sorte: não tem café também! Bruno, o barista, falou que por algum motivo as compras de café foram demais nesses dias. Havia apenas um pacote de 250g disponível na vitrine, da versão Kraft vendida por eles, de cafés premiados de microlote. Bruno é muito gente boa e ficamos conversando por um tempo sobre cafés. Valeu muito a visita. No final das contas acabei levando o café, apesar do preço bem salgado.

Chegando em casa com este último pacote fiz uma receita padrão de Aeropress. A surpresa foi constatar que o sabor é altamente diferenciado. Ou em outras palavras: essa bebida é muito estranha. Seu tom cítrico e seu corpo estão muito longe do que lembramos quando se pensa em café. Ele é como um suco tropical que lembra limão, mas sem o sabor azedo que apareceria em um chá de limão, por exemplo. Há pouco para nenhum corpo com o amargor no final sutil ou até inexistente, dependendo do método de extração usado. Algo muito diferente que mesmo provando mais vezes ainda me surpreende.


# Carê

2023-05-28 tag_cooking ^

Carê é um prato que vai três componentes principais: proteína animal, carboidratos naturais e curry, um tempero mais conhecido na culinária indiana, e conhecido como carê no Japão.

Para a proteína animal você pode usar frango ou carne vermelha cozida e macia, em pedaços fáceis de colocar na boca junto dos legumes que o acompanharão.

Para os carboidratos naturais, além do mesmo cuidado com o tamanho dos cortes, o ponto principal é a textura dos legumes. O ideal é que você consiga senti-los inteiros, mas não duros. Devem estar macios e tenros. Cada legume tem sua particularidade e seu ponto de cozimento. Ao usar diferentes legumes como batata, cenoura e mandioquinha (entre outros que sua imaginação quiser), eles devem ser cozidos para terem texturas complementares ou que harmonizem. É necessário tomar conta da maciez de cada um para que um não fique mais molenga ou duro que o resto. Por outro lado, legumes que não querem ser sentidos juntos, como a mandioquinha, por exemplo, podem ser levemente derretidos junto do molho carê.

Para os legumes citados, deixe a cenoura cozinhando primeiro. Quando ela ainda estiver firme coloque a mandioquinha para derreter, para logo em seguida a batata. O tamanho dos legumes deve ser o suficiente para que você consiga dar uma colherada com cada um deles mais um pedaço da carne.

Após todos os ingredientes estarem cozidos é hora de acrescentar o carê, que é o curry em pó ou pasta. Se for em pó é necessário engrossar o caldo usando amido de milho ou farinha. Tudo pode ser ajustado no fogo baixo ou até desligado. Por fim ajuste o sal.


# Ciabatta Rústica [link]

2023-05-28 tag_cooking ^

Enquanto preparava o carê dei para experimentar uma receita nova de pão, essa ciabatta rústica, para acompanhar o antepasto de berinjela que a Mitiko fez pela segunda vez. Os ingredientes são simples e o preparo também. As proporções abaixo são para um pão pequeno para médio. Para ter uma ideia, nós acabamos com dois desses na mesma noite.

  • Farinha: 115g;
  • Água: 80% (93g);
  • Fermento instantâneo: 2%;
  • Sal: 2.5%.

O preparo

Misture tudo; primeiro o fermento com água, seguido pelo sal e por fim a farinha.

Aguarde a massa fermentar por cerca de duas horas.

Durante esse tempo, de meia em meia hora, realize uma dobra nos quatro lados da massa, girando 90 graus a cada dobra. Para evitar que a massa grude molhe as mãos antes, imergindo em água.

Ao final dessa fermentação retire o ar da massa modelando em um retângulo e enrolando como um rocambole; divida em partes se for mais de uma receita; corte as beiradas para melhorar o formato.

Fermente por mais 45 minutos (segunda fermentação).

Pré-aqueça o forno em 240 graus e passe a massa para uma forma com papel manteiga. Não deixe fermentando antes, pois irá grudar.

Asse no forno hidratado com vapor ou água por 10 minutos e em seguida abaixe para 200 graus e deixe por mais 12 a 15 minutos ou até o pão dourar.

De acordo com a autora "its so easy to make this ciabatta bread and the resulting bread is so good with crispy crust and soft crumb inside". E é verdade. A Mitiko gostou muito. Fiz duas receitas e acabou praticamente naquela noite.


# Curry Indiano Caseiro [link]

2023-05-28 tag_cooking ^

O curry indiano caseiro dá mais trabalho de reunir todos os ingredientes do que o preparo, que são apenas dois minutos em fogo baixo misturando sempre; após esfriar é só processar tudo junto em um mixer, moedor ou liquidificador e peneirar. Dá uma olhada na lista de ingredientes:

  • 3 colheres de sopa de açafrão da terra;
  • 2 colheres de sopa de coentro em pó;
  • 2 colheres de sopa de cominho;
  • 1 colher de chá de pimenta do reino em grãos;
  • 1 colher de chá de canela em paus;
  • 1 colher de chá de alho desidratado;
  • 1 anis estrelado;
  • 1 colher de chá de noz moscada;
  • 1 colher de chá pimenta calabresa;
  • 1 colher de chá de tomilho seco;
  • 1 colher de chá de Caiena;
  • 1 colher de chá de gengibre em pó;
  • 6 cravos da Índia;
  • 1 colher de chá de sálvia seca;
  • 9 cardamomos.

Como você deve ter visto, a base para o curry indiano é o açafrão da terra, o coentro e o cominho. O resto são temperos variados. A lista abaixo é uma sugestão. Fica bom em carê.

Aqueça tudo em uma frigideira em fogo médio (sempre mexendo) por uns 2 minutos ou até subir aroma. Aguarde esfriar e triture os ingredientes que não estão em pó. Se ainda sobrar pedaços grandes peneire. Guarde em um pote fechado.


# Camarões Potiguar (Natal, Ponta Negra) [link]

2023-05-30 tag_food tag_trips ^

Não comemos muito e por isso para nós o melhor é ficar nas entradas. Felizmente é possível pedi-las na sala de espera e nem pegar uma mesa. Dos favoritos que tínhamos na memória sete anos atrás, o Ceviche de frutos do mar e a Bruschetta de carne de sol, apenas o primeiro sobreviveu. Mas sua versão 2023 está meio sem sal, sem graça. Não parece mais o mesmo. Acompanhei com a Pilsen feita para o restaurante, de mesmo nome, leve e refrescante.


# Lagoa de Alcaçuz (Natal) [link]

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Esta lagoa é próxima de Natal e tem três barracas em volta que servem petiscos. A profundidade da água é bem rasa nos primeiros metros e é fácil de sentir a altura conforme se entra. O ambiente é bem gostoso, cercado de verde. Há redes na água e algumas atrações como caiaque pagos à parte. Como todas as praias e lagoas da região fecha cedo nessa época porque esfria cedo.


# Lagoa de Pitangui - Natal [link]

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Esta foi a lagoa com a melhor estrutura que encontramos em Natal, com preço justo e variável de acordo com o tipo de lazer que você procura. Custa desde 20 por pessoa com 10 consumíveis no local até 25 para usar várias atrações, como pedalinho, tobogãs na água, caiaque, etc. Há uma equipe para cuidar da segurança de todos. Não tenho certeza se em alta temporada a fila de espera é muito grande, mas na baixa com certeza o preço vale muito a pena. Para sentar você tem a opção de mesas levemente submersas no início das águas, com peixinhos que beliscam seus pés e comem suas cutículas (mas só se você quiser). As crianças adoram. A profundidade da água vai de raso até na altura de um adulto, e há marcas do limite seguro. O cardápio não é muito caro, é o preço da região, e há várias opções, inclusive de cervejas. O espeto de camarão é uma boa pedida.


# Mangai (Natal, Centro e Ponta Negra)

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Degustamos uma noite seguida da outra o Mangai do Centroentry=tt">Centro e de Ponta Negraentry=tt">Ponta Negra. A variedade de pratos foi bem semelhante, assim como o sabor, com pequenas diferenças. A qualidade de todo o buffet continua a mesma nas nossas memórias de sete anos atrás. Se trata de uma comida regional autêntica, feita com muito esmero, sempre fresca e com um sabor que diz algo. É um prazer cada mordida em cada pequena porção de quase qualquer comida que colocamos no prato, nem que seja um simples queijo coalho. A caipirinha de caju é bem feita. O suco de caju não é aguado, com a jarra bem servida. Pena que tiraram nossa jarra sem terminar. Não sei como funciona a regra, mas ainda estávamos nos servindo do buffet e quando voltamos à mesa jarra e copos sumiram. Por fim, o detalhe do sistema de pagamento de autoatendimento é sensacional. Simples, prático e eficiente. Mal espero por provar o mesmo buffet no mesmo restaurante que fiquei sabendo nessa viagem que existe em São Paulo.


# Mocotó (Guarulhos, SP) [link]

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É a primeira vez que vamos ao restaurante mesmo. Na primeira ele estava fechado por conta de um evento e ficamos apenas no bar, nos deliciando com um drinque mais gostoso que o outro e os excelentes dadinhos de tapioca. Dessa vez provamos também o Baião de Dois e o famoso Mocofava, pelo qual ficamos apaixonados de tão saboroso. Quem gosta de fava e mocotó não pode deixar de conhecer esta receita. O atendimento é muito rápido e eficiente. A casa estava metade cheia, era início de noite. Chegamos com malas e a recepção foi extremamente gentil em deixar num canto enquanto comíamos. Ao final ficou a vontade de provar o resto do cardápio. Pena que faltou estômago. Talvez na próxima.


# Natal 2023 [link]

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Fazia sete anos desde a última ida à capital do Rio Grande do Norte. Dessa vez fomos motorizados e demos uma esticada para Galinhos ver como está (está na mesma). Descobrimos que Camarões já não é mais o mesmo e que Mangai continua top. Casa de Taipa tem um cuscuz excelente (não o paulista) e passar o dia de bobeira na praia ou na lagoa beliscando isca de peixe e camarão sempre é uma boa ideia. Participamos de um quase golpe de pirâmide envolvendo cotas de quartos de hotel, sem nem usar o brinde depois de duas horas de conversa fiada. Dirigimos por 730 km em volta da região. Foram seis dias quentes e relaxantes. Chuvas esporádicas e passageiras (algumas de alguns segundos). Mais relaxante que isso foi fazer algo novo: passear de standup no meio de uma lagoa. Depois ser mordiscando por peixinhos por estar com os pés na água sentado às margens de uma água límpida. É bom pra variar.


# Reis da Rua

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Eu gosto de filmes assim: verdadeiros. A verdade está nas mãos do diretor e roteirista, que filma com paixão traços que remetem ao biográfico na vida de um negro nas periferias estadunidenses. As atuações são conhecidas, mas nem por isso são muito boas. Ice Cube transforma a cena com sua cara de mal encarado autêntica. Laurence Fishburne, na época Larry, vira um Malcolm X do bem, mais pela união dos irmãos do que pela separação dos brancos. Vários detalhes dos personagens os tornam complexos em um panorama idem, além de servir de combustível e referência a Todo Mundo Odeia o Chris. O drama clichê conquista aos poucos nossa simpatia, pois quando se lida com sua verdade com coragem e disposição suficiente todos param para observar e refletir.


# Galinhos Frutos do Mar (Slow Food) [link]

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Já havia um tempo que queria experimentar essa modalidade de restaurante na casa do chef. Porém, os mais badalados são bem mais caros. Esta é uma opção acessível em Galinhos, e com dois chefs! Eu gostei da experiência como um todo. Principalmente porque ela é única. Você nunca irá encontrar um restaurante como esse. A comida é boa, e nem pedimos o prato principal da casa, que é o Polvo. Porém, a experiência de estar comendo na casa dos outros é melhor. Ambos são bons de papo e a noite passou bem rápido. De repente já era meia-noite! Isso é notável para conhecer dois ilustres estranhos que cozinham e servem muito bem. Naquela noite a chef foi a Lany e foi Lorimar nos atendeu e recepcionou com algumas de suas milhões de histórias. Se for para Galinhos, reserve pelo menos uma noite com esses dois. E lembre-se de reservar, pois essa é a maneira correta de conseguir uma mesa.


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